” A felicidade está dentro”

Não se preocupem em encontrar seu propósito: o encontro é consigo mesmo. Para isso, é preciso saber quem somos, do que gostamos, o que queremos, e ainda assim as respostas tendem a ser vagas e amplas. E está tudo bem. Se não sabemos ainda, então é hora de experimentar e testar, sem pressa nem pressão. Sabendo que o trabalho é provavelmente o local onde passaremos a maior parte da nossa vida, devemos acreditar no que fazemos, confiar no nosso produto e sentir que estamos melhorando o mundo. Não porque alguém nos falou que certo emprego é bom, mas porque ele nos inspira um sentimento genuíno e verdadeiro.

Nossa motivação maior é clara: sermos felizes o maior tempo possível. O nosso propósito é claro: ajudar os outros a viverem melhor, o que inclui cuidar do nosso planeta. Para isso, existem milhares de profissões capazes de nos proporcionar sentimentos de felicidade e propósito muito semelhantes. Não tem por que nos sentirmos perdidos ou termos medo. Tratando os outros bem e se dedicando, as coisas acontecem, as portas naturalmente se abrem. Existe uma ilusão de que precisamos de muito para sermos felizes. Precisamos de pouco, mas esse pouco inclui paz de espírito e consciência limpa.

Vivemos o melhor tempo da nossa história, mas não estamos mais felizes. Estamos hipnotizados, achando que precisamos ter tudo, ser bom em tudo e, com isso, a única certeza é a de que seremos infelizes. A felicidade está dentro. A gente complica a vida à toa e o bem mais valioso é o tempo. Em uma era de tantas oportunidades e estímulos, a sabedoria se faz necessária. A vida pode não ser fácil, mas ela é simples.

Por Diego Burger Araujo Santos, estudante de Psicologia na Universidade Budista de Naropa em Boulder, no Colorado

Fonte – Zero Hora – RS