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Artigos • 19 out, 2020

Coisas das eleições – Parte III


(Claudio Henrique de Castro) –

1. Ver candidatos à vereador passeando e pedindo voto nas feiras e em locais públicos, sem
máscaras, desobedecendo a lei só para estampar seus sorrisos;
2. Ver candidatos à prefeito nas propagandas nunca usarem máscaras como se não
estivéssemos em plena pandemia;
3. Saber que a manipulação nas eleições é gigantesca e que o facebook e as redes sociais estão
aí para eleger quem paga mais usando os dados dos usuários, sem que eles tenham
conhecimento disto, com direcionamentos e outros truques e ferramentas que
desconhecemos;
4. Descobrir que em 2016 Trump pagava 1 milhão por dia em impulsionamentos no facebook
em plena campanha eleitoral e declarou 5,9 milhões de dólares em anúncios, enquanto Hilary
gastou míseros 66 mil dólares;
5. Saber que a empresa Cambridge Analítica manipulou dezenas de campanhas eleitorais no
mundo por meio de dados das redes sociais e das fake news, e que isto foi determinante para
o Brexit (processo da saída do Reino Unido da União Europeia), mas no final ficou tudo por isto
mesmo;
6. Ter pleno conhecimento de que o WhatsApp foi determinante para as campanhas
presidenciais na América Latina e que meses antes das eleições eles já sabiam por meio de
cenários futuros, quem seriam os eleitos;
7. Acompanhar transmissões ao vivo de candidatos e ter a certeza que eles não têm ideia do
que realmente faz um vereador ou um prefeito;
8. Ver que boa parte de candidatos à reeleição, tanto prefeitos quanto vereadores veteranos,
repetirem seus discursos eleitorais, eleição após eleição;
9. Sempre desconfiar das pesquisas eleitorais que volta e meia são impugnadas na justiça
eleitoral e que são determinantes para o voto de enxame ou de rebanho, quando os eleitores
se deixam influenciar diretamente por elas, o que é inadmissível numa democracia realmente
paritária;
10. Desconfiar que grande parte do eleitorado votará pelas pesquisas eleitorais, no candidato
à prefeito melhor colocado, para não ter que comparecer na votação do segundo turno;
11. Ter consciência de que, na prática, quem realmente manda são os grandes grupos
econômicos, os bancos e as corporações internacionais, que estão destruindo as florestas, sem
serem punidos por tudo isto;
12. Ter absoluta certeza de que o povo não manda nada ou quase nada e que as promessas de
campanhas pouco se realizam, mas que mesmo assim nos iludimos coletivamente a cada
eleição;
13. Saber que boa parte do mundo ocidental está passando por uma onda totalitária de
extrema direita e que por isto as democracias e os direitos sociais estão sendo desidratados.




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