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Artigos • 16 jul, 2019

Corumba – Um potencial para o turismo (artigo)


Um conjunto de medidas envolvendo o Poder Público e a sociedade
organizada, pode sim desenvolver a economia da região, cujo turismo se
limita a uns poucos eventos, puxados pelo carnaval e festas juninas, o que
convenhamos, é insuficiente para atrair um número cada vez maior de
turistas durante o ano todo, o que possibilitaria a consolidaçãon da cidade
como um verdadeiro polo turístico com efetivo retorno financeiro aos
investidores nacionais e estrangeiros.
Os gestores públicos têm que mudar suas posturas e sair do isolamento
político a que se submeteram há muitas décadas, e passar para a
população o sentimento de otimismo e de mobilização, como se diz no
popular “têm que sair da toca” e acreditar que é possível. Contudo, se
olhar apenas para os recursos orçamentários do município, nada poderá
acontecer. Projetos de vultos financiados pelo BNDES é o caminho mais
curto, mas, há a necessidade de trabalhar essa ideia, e não esperar que o
Poder Público possa adivinhar o que se pretende.

Levantar das poltronas e trocar ideias já é um bom sinal, porém, há que
se deslocar para a Capital, hoje, felizmente a cidade já conta com um de-
putado estadual e uma deputada federal que podem abrir caminhos ao
prefeito e aos vereadores até a secretaria de planejamento por exenplo, e,
a partir daí, poderá germinar a semente plantada. Devem deixar de lado
os excessos de humildade quando o objetivo é aproveitar o potencial da
cidade, que é incontestável.

Há muitos anos a cidade de Corumbá vive de remendos que não altera o
seu visual, por que não pensar por exemplo em um projeto de construção
de uma avenida marginando o Rio Paraguai, desde as proximidades com a
fronteira da Bolivia, até a vizinha cidade de Ladário? Ah, dirão aqueles de
natureza pessimista, isso requer muito dinheiro, e a prefeitura não tem!

Mas, eu falei em investimentos, lembrem-se que o BNDES investiu na
construção de um porto em Cuba, na Venezuela e em um país Africano.
Como pagar? Acreditando nos investimentos que poderão ser atraídos
com a concretização dos projetos a serem estabelecidos.

Sonhar não custa nada, Campo Grande, até quarenta anos atrás, ou seja,
até a divisão do estado, era uma cidade considerada modesta, porém,
tinha potencial para se desenvolver, quem aqui investiu, não se arrepen-
deu, e hoje, a Cidade Morena é uma metrópole admirada dentro e fora do
país; Mas… ninguém tirou coelho da cartola, bastou acreditar nos investi-
mentos projetados, para que o seu crescimento se tornasse contínuo, e
hoje, com uma população beirando a um milhão de habitantes, é uma rea-
lidade incontestável. Isso tem um nome: arrojo e otimismo.

Além de sua formação geográfica privilegiada pela natureza, a ligação com
a vizinha Bolivia, e um pouco mais distante, com o Paraguai, seria a
garantia para a aprovação de um investimento de vulto, para um projeto
bem elaborado por profissionais competentes, com toda certeza, tem
tudo para ser aprovado pela diretoria colegiada do BNDES que, ao que
tudo indica, priiivilegiará os investimentos dentro do território nacional.

Quem sabe, a estrela cadente mencionada pelo poeta corumbaense Pedro
de Medeiros em “Lenda Bororo” poderá se transformar em realidade.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista




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