Campo Grande, 16/04/2024 14:42

Blog do Manoel Afonso

Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

Artigos

Artigos • 12 jul, 2019

A CRISE ECONÔMICA E O ENDIVIDAMENTO DO POVO ( ARTIGO)


Por definição estabelecida, a Economia é a ciência que estuda os
processos de produção, intercâmbio e consumo de bens e serviços. Uma
crise, no que lhe diz respeito, é uma mudança brusca ou uma situação de
escassez (desemprego por exemplo); isto quer dizer que uma crise
econômica faz referência a um período de escassez a nível da produção,
da comercialização e do consumo de produtos e serviços.
É fácil concluir que a escassez de recursos financeiros, oriundos da crise
econômica, tem como consequência, um travamento das atividades capaz
de imobilizar pelo efeito em cadeia, todas as fontes de produção, de distri-
buição e de consumo. Quer um exemplo? A greve dos caminhoneiros há
pouco mais de um ano, provocou uma paralisia no país, cujos reflexos são
sentidos até os dias atuais, eis que a interrupção da produção, provocou
de imediato uma drástica redução no consumo.
A economia brasileira já se apresentava combalida naquela oportunidade,
e bastou o impacto das ações dos caminhoneiros em greve, para que uma
nova situação resultasse num desaranjo nas estruturas permanentes que
servem de controle para a segurança mínima dos meios de escoamento
das produções, tanto para o país, como para as exportações. Trata-se de
um golpe tão potente, que os gestores públicos financeiros se tornaram
impotentes para solucionar tão grave problema.
Nunca é demais recordar que há pouco mais de uma década, os Estados
Unidos, a nação mais poderosa do Planeta, enfrentou uma situação muito
grave em sua economia interna, que afetou duramente a população, com
milhares de famílias desempregadas, e sem poder pagar as prestações dos
imóveis financiados, passaram a morar em praças e jardins, muito embora
a inflação estivesse sob controle. O Presidente Barak Obama passou toda
a primeira parte do seu mandato, procurando uma solução que pudesse
proporcionar ao povo, um restabelecimento da situação.
Em nosso país, a situação parece um pouco mais agravada pelo alto nível
do desemprego, e num aparente controle da inflação, porém, com altas
frequentes nos preços dos derivados do petróleo, que de maneira auto-

mática, empurra os preços dos produtos e serviços para cima, inibindo o
consumo, e mascarando os índices financeiros. É preocupante o fato de
que, a cada quinze dias, são anunciados o aumento do nível dos brasilei-
ros, hoje situado na faixa de 65% isso é sufocante e inadmissível. Sem
poder consumir, devido a restrição impostas pelos órgãos controladores
de crédito, a tendência é de piora na situação do povo.
A Equipe Econômica do Governo Federal deveria voltar atenção para essa
difícil situação da população, encontrando uma maneira humanizada para
permitir a liberação dos CPFs dos brasileiros encalacrados pelo
endividamento provocado pela imoral taxa de juros cobrados pelos
bancos e financeiras, que lhes proporcionam lucros absurdos, e, na outra
ponta, o empobrecimento dos brasileiros.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista




Deixe seu comentário