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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 09 maio, 2020

‘A dívida do povão merece atenção’


Partindo do princípio constitucional de que todo poder emana do povo, e
que em seus fundamentos, a dignidade da pessoa humana, e os valores
sociais do trabalho encontram-se inseridos na Carta Magna de 1988, e que
a partir de então, várias emendas propostas com objetivos de corrigir ou
adequar algo de relevância para que o nosso cotidiano estivesse sendo
atualizado com a devida segurança jurídica.

É inegável o crescimento populacional do país, porém, sua medida ocorre
de dez em dez anos, e tal fato ocorre de maneira imperceptível aos olhos
dos gestores públicos, porém, o IBGE há décadas vem registrando esses
dados com muita precisão, inclusive com as deficiências pertinentes ao
IDH (Índice do Desenvolvimento Humano), onde a Educação, a Saúde e a
Segurança Pública, têm apresentado sucessivos rebaixamentos nos
relatórios emitidos pela ONU (Organização das Nações Unidas).

As sucessivas crises econômicas a que o Brasil invariavelmente vem
atravessando, inibe o crescimento do PIB, e, com isso, os investimentos
internacionais têm sido pífios, limitados ao mercado financeiro, onde as
generosas taxas de juros proporcionadas aos aplicadores de grandes
capitais voláteis, em nada contribuem para a consolidação de nossa frágil
economia. Não gerando emprego na economia privada, como também,
renda a população trabalhadora.

O Orçamento da União, os Planos de Governo, geralmente apresentam
uma visão macro-econômica, o que aliás é correto, cabendo aos Estados e
Municípios, a adequação dos recursos às prioridades de cada região, nem
sempre possível de realização. Basta um olhar nos noticiários para que se
possa observar as filas enormes a procura de empregos. São milhares de
pessoas de todas as idades, a procura de uma colocação, principalmente
nos maiores conglomerados urbanos.

O Plano Real criado em 1994, estabeleceu regras de conversões de valores
para produtos, serviços e salários, sinalizando para um novo tempo para a
economia popular; infelizmente, não durou muito tempo para que todas
as medidas adotadas fossem desprezadas, por conta de nova filosofia de

governo, que a meu ver, desprezaram parâmetros na concessão de
créditos à toda população, proporcionando a aceleração do consumo,
porém, de maneira descontrolada, endividando a população pobre do
país, atirando-os na inadimplência, infinitamente.

A atenção da equipe econômica do governo federal, deveria voltar para
essa classe social que necessita do amparo social, criando novos
mecanismos que possibilitem reinseri-los no mercado de consumo, com
regras simples, porém seguras aos credores, porém, restabelecendo a
dignidade das pessoas, e uma melhor qualidade de vida. O trabalhador
brasileiro necessita de proteção e cuidado por parte dos Poderes
Constituídos.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista




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