( Benedito Rodrigues da Costa) –
Apesar de alguns avanços na legislação brasileira no que diz respeito aos
direitos dos idosos, muitos dos quais não saem do papel, como por exem-
plo a prioridade no andamento de processos judiciais, onde os idosos na
maioria dos casos vão a óbito após aguardar décadas para julgamento de
direitos previstos em lei, como é o caso da Lei da Anistia Política, que saiu
do Ministério da Justiça no início do atual governo, transferido para o Mi-
nistério da Mulher e dos Direitos Humanos.

Quero chamar atenção do Senhor Prefeito da Capital, e também dos Vere-
adores, no sentido de dar uma atenção especial aos idosos da Cidade Mo-
rena, que aspiram moradias específicas para essa faixa etária, nos moldes
de um residencial construído na cidade de João Pessoa, capital da Paraíba,
que pode servir de modelo, onde o planejamento envolveu a engenharia
de construção civil, mas também, arquitetos, urbanistas, médicos de vári-
as especialidades, assistentes sociais etc..

Um aspecto em particular, chama atenção, qual seja, a localização para a
construção. O Bairro Cabreúva possui uma área ideal, logo atrás do inaca-
bado Edificio das Belas Artes. Próximo ao centro da cidade, com boa mo-
bilidade urbana, onde um planejamento bem elaborado, contemplaria os
idosos em condições financeiras de arcar com o pagamento das presta-
ções do financiamento. Desnecessário dizer que os imóveis deverão ser
térreos, em condições de abrigar no máximo, dois idosos.

Campo Grande é uma das capitais mais jovem do país, e se orgulha de ser
a mais arborizada, muito embora, tenha perdido muitas espécies nativas,
por conta da construção imobiliária, como ela nasceu para ser modelo pa-
ra o país, nada melhor do que a construção de um residencial modelo que
possa assegurar à nossa Capital, a invejável condição de uma cidade vol-
tada a preocupação social envolvendo os seus milhares de idosos, bastan-
do para isso, apenas “vontade política”, pois, não faltarão recursos para
tal empreendimento, notadamente em um ano pré-eleitoral.

Contudo, é necessário voltar atenção em relação a vida privada daqueles
que atingiram os setenta anos de idade, e querem ter garantidos o seus

direitos de ir e vir, sem a tutela de filhos e netos. É preciso entender que
vivendo em uma comunidade de idêntica geração, pode lhe proporcionar
melhor qualidade de vida, até porque em seus relacionamentos diários
haverá convergências de assuntos, de diálogos, confidências e preocupa-
ções, pois, os idosos jamais deixam de sonhar, e compete as administra-
ções municipais, cuidar da população como um todo, aplicando os recur-
sos em áreas onde a satisfação do ser humano seja fundamental.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista