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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 19 jan, 2021

O Brasil não sabe lidar com catástrofes


(por Benedito Rodrigues da Costa) –
É bom que fique bem claro que não se trata de incompetência dos
Poderes da República, tal fato é resultante da nossa cultura, como
também de nossa religiosidade. Nós nascemos e crescemos com a crença
de que Deus é brasileiro e que nada nos acontecerá nunca. Mas, será que
em outros continentes, em outros países, não existe Deus? É importante
que façamos uma reflexão sobre o que dizem os cientistas, eternos
pesquisadores do Universo.

Vivemos atualmente um sistema de economia globalizada, onde após o
advento da internet, as comunicações são operadas em frações de
segundos, para qualquer parte do mundo, o mesmo acontece com os
meios de transportes, com aviões moderníssimos de alta velocidade,
cruzam os continentes e oceanos diuturnamente, aproximando os povos
para todos os tipos de atividades, principalmente, na área científica e
cultural, estabelecendo o aquecimento da economia global.

Voltando à nossa cultura e à nossa crença de que nada nos acontecerá,
partindo do princípio de que Deus é brasileiro, e de que aqui não temos
vulcões, terremotos, furacões, ciclones ou tsunamis, faz com que nos
tornamos um povo tranquilo e despreocupado em relação as ameaças que
tais fenômenos poderiam causar, e, assim tem sido pelos séculos passados
desde a nossa descoberta. Porém, está chegando o momento de fazer
com que tal mentalidade seja mudada.

As mudanças climáticas vieram para ficar, chuvas torrenciais têm assolado
regiões do país, causando enormes prejuízos econômicos à população,
além de ceifar vidas humanas e muito sofrimento pela perda dos entes
queridos. Em contrapartida, regiões de clima ameno com chuvas
moderadas, vêm sofrendo com secas relevantes e altas temperaturas.
Mas, por enquanto, parece que apenas a classe científica se preocupa com
a situação, contudo, sem ser ouvida.

Hoje, o planeta enfrenta um problema que ameaça a vida dos seres
humanos, qual seja o perigo invisível chamado Corona-Vírus. Um inimigo
que não distingue gênero, raça, ideologias, nem nível social. Todos nós

estamos expostos ao contágio desse terrível mal. Talvez a preservação da
natureza volte a ser tratada com a responsabilidade que o caso requer, e
os investimentos voltados a preservação do ser humano possa ser
encarada com inteligência, deixando de lado a soberba e a riqueza.

O AUTOR É ECONOMISTA




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