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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 19 mar, 2020

O direito universal a saúde


A consciência de que a Educação e a Saúde devem ser universais para todos
independente das classes sociais é algo pacífico na França e em outros países, após a 2ª Guerra
Mundial.
A ideia de que os bancos e as corporações globais devem lucrar menos e contribuir
muito mais para as desigualdades sociais, também está se consolidando a partir dos estudos
da obra O Capital no Século XXI, de Thomas Piketty.
No momento, a civilização mundial está em suas casas se esforçando para debelar a
pandemia do Covid-19.
Alguns segmentos econômicos faturam com a crise, as fármaco-químicas e os
investidores especulativos. Nas guerras, foram as indústrias bélicas.
Quais razões de não termos no Brasil os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
suficientes para atender a população? A resposta e simples: falta de planejamento e de
investimentos públicos e, desvios de recursos.
O que podemos fazer?
Os gestores podem encampar hotéis, estruturas de atendimento e até hospitais
particulares para atender a população de forma universal e emergencial, a exemplo da
Espanha e outros países.
Podem encampar imediatamente as indústrias de álcool gel e de medicamentos que
estão faturando alto com a procura em alta demanda, a exemplo da União Europeia.
Fazer a distribuição de renda direta aos setores que ficarão sem renda, diante dos
isolamentos residenciais, para reduzir as consequências econômicas da crise, a exemplo dos
EUA.
Também, como a China, iniciar imediatamente construções emergenciais de hospitais
com o aumento dos leitos hospitalares, como também mobilizar as Forças Armadas e da
Segurança Pública neste cenário.
A unificação do gabinete emergencial da crise e das medidas determinadas pelo
Governo Federal é o que se impõe para evitar medidas estaduais e municipais fragmentadas e,
por vezes, antagônicas.
Os esforços dos governos, no enfrentamento da crise, devem ser rápidos e
antecipados para a solução dos cenários futuros ou imediatos.
Em resumo, devemos fortalecer a defesa do Sistema Único de Saúde e as ações de
estado que possibilitem a plena e universal igualdade do Direito à Saúde.
É hora de prevalecerem as forças transformadoras da solidariedade e da Justiça.

Claudio Henrique de Castro – Advogado em Curitiba




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