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Artigos • 19 nov, 2018

O medo da solidão! (Artigo)


Você tem medo da solidão? Nascemos nos relacionando. Na verdade, já na gestação estamos conectados com a nossa mãe por meio do cordão umbilical que, entre as funções, leva oxigênio e nutri o feto. Dependemos do outro também para o desenvolvimento e sobrevivência. Somos seres indefesos. Mas e na fase adulta em que, teoricamente, atingimos a autossuficiência?

Continuamos a nos relacionar em casa, na escola, no trabalho. Inevitável e necessário. Ou seja, sozinhos não estaremos nunca. Mas estar em contato com o outro não significa necessariamente o preenchimento interno. Muitas pessoas se sentem sós em meio à multidão. Daí vem o medo da solidão. O estado de estar só, sem um lugar/alguém para si. Pode ser momentâneo (o que é normal) ou em excesso. Está entre os sintomas da depressão.

Quando bate a solidão vêm os sentimentos de falta de amor, aceitação, cuidado e compreensão. Abre espaço para a tristeza, desamparo, sensação de falta de carinho. O mais sério disso tudo é que percebo muitos não suportando a própria companhia. Tendem a projetar no parceiro (a) a responsabilidade da completude. Caminho perigoso e tortuoso… tem tudo para dar errado.

A maturidade emocional é atingida quando você, por exemplo, está sozinho naquele dia chuvoso e abre um vinho ou faz um chá, lê um livro ou assiste a um filme sem lamentar. Se sente bem, curte a própria presença. Consegue aproveitar os momentos, sem criar relação de dependência. As pessoas são fundamentais na nossa vida, mas não têm a função de preencher os nossos buracos. Isso é tarefa individual.

( Claudia Malfatti)

Contato com a colunista:

claumalfatti@hotmail.com




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