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Artigos • 04 jun, 2019

Pente fino no INSS (artigo)


O INSS, o mais importante órgão da previdência social, não cumpre fielmente as
atribuições para as quais foram criado, e, diga-se de passagem, pela ação danosa dos
gestores públicos, que invariavelmente sempre tiveram em suas administrações, as
indicações políticas, para que dessa maneira pudessem manipular os recursos das
contribuições de empregados e empregadores que deveriam ser destinados ao paga-
mento dos benefícios de aposentadorias, pensões e auxílios sociais aos contribuintes.

Evidentemente que não se trata de um “modus operandis” recente, porém, as receitas
e os dispêndios do INSS, sempre se constituiu em uma verdadeira “caixa preta”, onde
nem mesmo os órgãos fiscalizadores oficiais tiveram acesso, prevalescendo a velha
máxima de que “manda quem pode, obdece quem tem juízo”. Contudo, qualquer
inteligência mediana pode concluir que essa hestória de déficit previdenciário é tão
somente conversa mole para boi dormir.

É válido falar em reforma da previdência, pois, as transformações econômicas, sociais
e tecnológicas, acabam por afetar a vida de todos nós, portanto, devem ser
reformuladas, atualizadas para os tempos atuais; contudo, os atuais gestores públicos,
principalmente o Ministro da Economia, deveria ouvir as vozes que vêm das ruas, ou
seja, as vozes do povo, e mesmo, as vozes de antigos parlamentares do Congresso
Nacional que apontam para uma dívida trilionária compreendendo grandes empresas,
bancos, e uma enorme gama de estatais, prefeituras, universidades etc.. que possuem
dívidas para com o INSS, e que se utilizam eternamente das renegociações, sem jamais
quitá-las. Caso consigam recuperar essa enorme cifra credora, não seria necessária a
tão propalada reforma da previdência.

Com muita frequência ouvimos falar em cortes ou contingenciamentos, com objetivos
de reduzir despesas, o que é muito saudável. No caso do INSS, um órgão com uma
estrutura descomunal, certamente com falhas estruturais básicas, poderia recorrer a
aposentados das categorias contador, administrador, economistas, bancários, criando
comissões em todas as capitais do país, para auxiliar em um levantamento detalhado,
apresentando sugestões para uma administração transparente e saudável. Com toda
certeza, esses profissionais aposentados se sentiriam honrados em prestar serviços tão
relevantes à sociedade e ao país, sem ônus para os cofres da previdência.

O Pente Fino deverá rastelar todo benefício pago além do teto, cujo limite estipulado
pelo instituto é de R$.5.839,45 o que deverá expurgar milhares de “piolhos” grudados
no couro cabeludo dos recursos do INSS, e aí sim, economizando dinheiro que estão
escorregando pelos vãos dos dedos ou da corrupção, operação que esperamos, seja
transparente aos olhos da população. Eu acrescento que, com a arrecadação de todas
as contribuições ao INSS seria possível até mesmo criar um Banco da Previdência!

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista – Ex-Bancário


Um Comentário

  1. Cesar José Menesello disse:

    Plenamente de acordo com você Benedito, até porque as contribuições ao INSS são obrigatórias/descontadas dos nossos salários para que os aposentados pudessem ter um restante de vida sem preocupações. Contudo, as arrecadações tem e tiveram outros destinos que não apenas ao aposentados, mas com o aspecto social como um todo, também, daí a bagunça toda em que se encontram os aposentados. Tristeza.



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