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Artigos • 14 ago, 2019

Seguro de vida para consignados ( artigo)


Os brasileiros que se aposentam pelo INSS, estão cada vez mais
dependentes dos empréstimos consignados, e, dependendo da sua faixa
etária, estão encontrando dificuldades para sua obtenção, ou seja, quanto
mais idosos, maiores são os riscos de óbitos, motivo que leva os bancos e
financeiras a reduzir o deferimento de créditos à essa classe de clientes, o
que muito preocupa esses cidadãos, pois, encontram-se em uma fase da
vida em que os cuidados com a saúde, consome a maior parte de seus
benefícios, onde medicamentos e acessórios são obrigatórios.

Algo deve ser feito pelos senhores deputados e senadores, com objetivo
de superar essa enorme dificuldade enfrentada pelos idosos que não têm
a quem recorrer, e, portanto, vulneráveis em todos os sentidos, e
submetidos a normas e regulamentos impostos pelo poder econômico,
cujo foco é o lucro, é o resultado positivo de todo tipo de operações que
fazem parte dos produtos oferecidos à sua clientela, sem os cuidados que
deveriam ter com a parte social, no presente caso, com os idosos.

A reforma da previdência, cuja aprovação já é contada como certa pelo
Congresso Nacional, contém em seu bojo, a redução do valor do benefício
quando da morte do titular à dependente, ressaltando nesse caso, que
caberá a viúva, arcar com o pagamento de eventual débito existente em
nome do falecido, seria portanto, duplamente penalizada em função da
legislação prestes a ser oficializada. Urge portanto que algo precisa ser
feito para a proteção daqueles que estão incluídos no sistema, evitando
assim, que vidas humanas sejam colocadas na sarjeta.

O Poder Executivo deve ter a responsabilidade e a sensibilidade de olhar
para aqueles que já deram suas contribuições à pátria, e que portanto
devem merecer respeito e consideração, é de competência dos filhos, os
cuidados e carinhos com seus pais, porém, é dever do Estado Brasileiro,
assegurar que haja condições para que isso aconteça, através de uma
legislação que tenha como finalidade proporcionar um final de vida digna
aos seus cidadãos.

A título de sugestão, o Ministério da Economia poderia propor ao
Congresso, a criação de um seguro obrigatório para cobertura de riscos
pelos empréstimos e financiamentos deferidos aos beneficiários do INSS a
partir dos sessenta anos de idade, minimizando as perdas de lucros
oriundos das operações realizadas; acredito que tal medida poderia até
mesmo ser adotada através de decreto da presidência da república.

Cerca de treze milhões de aposentados na década de noventa, antes da
aprovação do Fator Previdênciário, sofrem hoje, com uma redução de 65%
no valor de seus benefícios, e não têm como suportar mais sacrifícios, que
pelo menos o governo federal crie mecanismos adequados que possam
favorecer os idosos na obtenção de empréstimos consignados, que são
recursos necessários às suas sobrevivências.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista




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