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Artigos • 01 set, 2020

Sobre as eleições municipais


(por Claudio Henrique de Castro) –

O Brasil tem trinta e três partidos políticos. Cada um deles é uma máquina cujos donos não abrem mão de mandar e desmandar em prol de seus interesses.

As siglas são como famílias monárquicas para comandar o estado brasileiro.

O fundo partidário deste ano é de 2 bilhões de reais. A distribuição varia de 201 milhões a 1 milhão de reais para cada um destes afortunados.

Parcela considerável dos partidos tem inconfessáveis interesses religiosos, outra parcela são verdadeiras famílias e a maioria representa interesses de grupos econômicos.

A escolha de candidatos é uma trama que antecede as convenções. Estas são realizadas meramente para sacramentar o que os caciques partidários decidiram.

Quem tem a chave do cofre?

Normalmente, os tesoureiros que pagam publicitários e, mais modernamente, as empresas de tecnologia para distribuir propaganda digital e fake news.

Há caixa dois?

Ninguém admite abertamente isto, seja pelas divisões de salários dos funcionários ocupantes em cargos em comissão, seja pela fraude em licitações com a desculpa de que a mala de dinheiro irá para as campanhas eleitorais.

Nas cidades brasileiras, os grandes orçamentos são para as licitações de transportes públicos e para a coleta de lixo.

O transporte público é coalhado de denúncias e sua qualidade está muito aquém do que é regiamente subsidiado pelos cofres públicos.

A coleta de lixo é outra falácia. Há no Brasil 3 mil lixões espalhados por mil e seiscentas cidades.

O que esperar das campanhas eleitorais? Nada.

O povo nas eleições é um inocente útil: vota, elege e entrega a representatividade, que é um cheque em branco, para os donos do poder.

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