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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 06 fev, 2021

SOLUÇÃO CONTRA INCÊNDIO NO PANTANAL


Um velho jargão popular “prevenir é melhor que remediar” é o melhor
caminho para evitar desastres como o incêndio no Pantanal, que destruiu
a maior parte da vida animal e vegetal desse ecossistema único, muito rico
e muito frágil, pela própria natureza. O homem desenvolve seus conheci-
mentos através das observações de tudo o que acontece no seu entorno,
portanto, as tragédias ocorridas no Planeta, tem contribuído para criar os
mecanismos de defesa, evitando perdas de vidas humanas, e destruição
do meio ambiente.

Quem entende do solo japonês, são os japoneses, portanto, quem enten-
de do meio ambiente Pantaneiro, são dos Pantaneiros. Sêres humanos
que nasceram nessas terras alagadas, portanto, diferentes de tudo o que
se pode imaginar em termos de vegetação terrestres e aquáticas, que são
facilmente transformados em materiais combustíveis pelas enchentes e
vazantes que ocorrem anualmente, propiciando uma verdadeira meta-
morfose em sua fauna e flora.

O incêndio gigantesco que surpreendeu a população de Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e a Bolívia, deixou impotente as autoridades dos três
níveis de governo, e, a demora para combatê-lo proporcionou uma visão
dantesca, onde o desespero dos animais encurralados pelo fogo, tinham
suas vidas, e de suas proles, devoradas pelas labaredas implacavelmente.
Nada podia ser feito, pois, faltavam recursos humanos e materiais para
combatê-lo, foi uma consternação nacional.

Estudos publicados pela imprensa. De autoria dos órgãos de meio ambien-
te de Corumbá, dão conta de que o volume das chuvas previstas para este
ano, não serão suficientes para promover as cheias no Pantanal, que terá
o solo mais seco ainda, o que poderá facilitar as queimadas e os incêndios,
como no ano passado. Porém, os combatentes do fogo, devem ter tirado
dessa missão, muito aprendizado, mas, jamais poderão recuperar as vidas
perdidas.

No Brasil, já existe um experimento muito embora de pouco investimento,
de geração de chuvas, e, as nossas Universidades, através de seus diversos
cursos de engenharias, bem que poderiam incentivar um projeto piloto,
com a utilização de satélites, drones, aeronaves especiais, que pudessem
detectar os focos de incêndios, e combatê-los sem a necessidade de deslo-
camentos de homens e máquinas com pouca mobilidade ou velocidade.
Com certeza, o custo da operação seria bem menor, e, com o aperfeiçoa-
mento do sistema, tal serviço poderia ser prestado à outros Estados da
Federação, e, até mesmo, à outros países.

O Governo do Estado, as Prefeituras do entorno Pantaneiro, A Assembleia
Legislativa, e nossos Deputados Federais, têm aí, uma sugestão para que
unidos, e de maneira urgente, formalizem uma proposta nesse sentido,
até porque, o tempo não pára, e os problemas que afligem a sociedade, a
cada dia assumem proporções inimagináveis.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista




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