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Campo Grande, Política • 21 maio, 2018

ELEIÇÕES “Mostramos que é possível realizar boas obras sem nos misturar com a corrupção”


Além de um legado de boa engenharia, de obras bem construídas e econômicas, a nossa equipe deixou um legado de seriedade, mostrando que é possível fazer gestão pública eficiente com responsabilidade

Marcelo Miglioli – pré-candidato ao Senado Federal

Marcelo Miglioli – pré-candidato ao Senado Federal – Divulgação

Pré-candidato ao Senado, o engenheiro Marcelo Miglioli, deixou a Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado no dia 5 de abril. Nessa entrevista exclusiva à A Crítica ele garante que “é possível construir boas obras sem se misturar com corrupção e desmandos”. Marcelo tocou mais de mil obras, 800 novas e 210 que estavam em andamento, gerenciou cerca de R$ 4 bilhões, e disse que entregou a pasta sem sofrer nenhum tipo de acusação de irregularidade. Ele defende que para mudar, as pessoas precisam participar. “Tem que descer da arquibancada e jogar o jogo”, afirma.  O engenheiro diz que Reinaldo Azambuja fez muito e merece mais quatro anos para concluir seus projetos. “Isso é bom, não para ele, mas para Mato grosso do Sul”, assinala.

A Crítica: Marcelo, você coordenou construção de 800 novas obras nas 79 cidades aqui do Mato Grosso do Sul, um investimento de R$ 4 bilhões. Você deixa a Secretaria de Infraestrutura para concorrer ao Senadosem nenhum processo de denúncia ou acusação de irregularidade, ou seja, você é ficha limpa?

MarceloMiglioli: Graças a Deus, depois de todo esse trabalho que nós fizemos na Secretaria de Infraestrutura, não pesa sobre nós nenhuma acusação de desvio ou irregularidade. O país nos últimos tempos realmente vem passando por um processo de degradação nessa área de investimentos públicos na parte de obras principalmente e nós temos o orgulho de ter passado três anos e três meses à frente da Secretaria e nunca tivemos sequer uma acusação. Depois desse tempo, além de um legado de boa engenharia, de obras bem construídas e econômicas, a nossa equipe deixou um legado de seriedade, mostrando que é possível fazer gestão pública eficiente com responsabilidade, sem que você precise se misturar com corrupção ou com desmandos.

A Crítica: O maior inimigo da administração pública na atualidade se chama crise. E a infraestrutura é indispensável para o desenvolvimento. Como foi possível construir tantas obras nesses tempos tão difíceis?

MarceloMiglioli: Eu coordenei as duas campanhas do atual governador Reinaldo Azambuja a prefeito de Campo Grande e a governador. Então eu participei muito ativamente da proposta de governo do Reinaldo que era pautada em cima da nova política. E o que é isso na infraestrutura?

É uma ação feita com planejamento, feita com critérios técnicos, austeridade e boa aplicação dos recursos públicos. Nós tocamos a Secretaria como a gente toca uma empresa, como a gente toca a casa da gente, com muita responsabilidade e com uma política de parcerias com todos que podiam ajudar a alcançar os objetivos. Somamos forças com a bancada federal, bancada estadual, com todos os prefeitos, com todas as câmaras de vereadores, ou seja, nós criamos uma musculatura para que nós pudéssemos desenvolver a infraestrutura de Mato Grosso do Sul. E, hoje,pesquisas nacionais apontam que, proporcionalmente ao nosso tamanho, somos o  primeiro estado da federação em investimentosna infraestrutura.

Hoje, as pessoas em cargos públicos precisam fazer gestão, ser eficientes e gastar bem os recursos nas verdadeiras prioridades. Você administrar com sobra, com recurso fáceis de empréstimos é muito tranquilo. Você comandaruma Secretaria de Infraestrutura com financiamentos torna qualquer um gestor. Agora administrar nesse período que nós pegamos o Estado e entregar cerca de 800 obras novas e concluir 210 obras inacabadas é um grande desafio que nós conseguimos vencer. Por isso eu defendo com muita segurança o governo de Reinaldo Azambuja, porque foi feito muito com pouco. Foi feito o máximo com o pouco disponível. E o mais importante, repito, feito com lisura e sem escândalos. .

A Crítica: Vários Estados brasileiros não aguentaram a crise, mas Mato Grosso do Sul ainda é um dos poucos que sobreviveram e que conseguem manter a folha salarial em dia. Como foi que isso aconteceu? .

MarceloMiglioli: O atual governo passou por momentos difíceis, mas o governador Reinaldo Azambuja teve coragem, não foi omisso e nem titubeou diante de medidas amargas que eram absolutamente necessárias. A crise engole o gestor covarde e omisso. Se Mato Grosso do Sul não foi à bancarrota foi graças a atitudes difíceis adotadas nos momentos da crise mais aguda. Hoje temos um Estado inteiro, um Estado equilibrado e, por conta disso, o governador Reinaldo tem andado pelosquatro cantos de Mato Grosso do Sul entregando obras, lançando obras, levando respostas aos anseios da comunidade. Obras não representam apenas o benefício físico de uma casa ou uma estrada. Obras geram empregos, giram recursos na economia, melhoram a vida das pessoas. E hoje nós temos obras em cada um dos 79 municípios, uma resposta clara de que superamos a crise e fizemos Mato Grosso do Sul avançar em todas as áreas.

A Crítica: Como em todas as eleições, temos também vários candidatos “salvadores da pátria” que trazem um discurso festivo e que muitos cidadãos gostam de ouvir. Qual é a mensagem que você está levando para a comunidade do Mato Grosso do Sul como pré-candidato ao Senado?

MarceloMiglioli:A mensagem é que nós temos que ter coragem de apresentar nossas ideias e mostrar a cara. Existe uma descrença legítima da população, existe uma radicalização da população e existe ao mesmo tempo uma omissão da população. Eu não concordo com essa linha de apenas jogar pedras. Penso que quando a gente acha que não está bom, a genteprecisa ter a coragem de propor mudanças. Eu sempre fui determinado em tudo que faço. Quando recebi o convite para ser secretário em uma área que eu conhecia muito bem, porque atuava nela há anos, tive que abrir mão da empresa que eu trabalhava para fazer parte de um projeto político. Fiz isso porque acreditei e hoje seu que valeu a pena.

O enfrentamento democrático feito com ideias e propostas é saudável e necessário. As pessoas precisam ter novas opções para escolher com segurança os caminhos do futuro. Na campanha do Reinaldo eu tomei uma decisão pela nova política, por fazer diferente e deu certo. Fiz a minha parte e estou realizado por conta disso. A pré-candidatura ao Senado segue a mesma linha. Nós temos muitas coisas para mudar na nossa política nacional, não há dúvida disso. Agora, nós não vamos conseguir boas mudanças se ficarmos só na arquibancada criticando. Nós temos que vir pra dentro do campo e jogar o jogo. Não adianta as pessoas se revoltarem com a política. A política é necessária para o avanço do país e da própria civilização humana. A democracia não é perfeita, mas é o melhor sistema que temos no mundo para definir os rumos de uma nação. Por ondeando eu tenho falado da nossa trajetória, do que fizemos e o que podemos fazer. Tenho oferecido o meu nome, o meu trabalho e o desejo de servir o estado e o país. E as pessoas, os eleitores decidirão se sou credenciado para o cargo. Honesto e trabalhador eu sou e quero ajudar.

A Crítica: Diante dessa experiência, o senhor acha que o atual governo também deve continuar administrando Mato Grosso do Sul?

MarceloMiglioli: Eu não acho, eu tenho certeza. O que o Reinaldo fez nesses três anos e quatro meses foi muito. Mudança de conceitos, aplicação de uma gestão mais profissional no Estado. Hoje o Estado de Mato Grosso do Sul é um Estado que tem pilares sólidos no aspecto estrutural. Há vários projetos em andamento. Aquilo que ele propôs no plano de governo ele vem seguindo à risca. É óbvio que quando você pega uma situação de crise como nós pegamos, alguns projetos travam porquestões burocráticas, inclusive. Aliás, em Brasília quero contribuir para desburocratizar o estado brasileiro. O gestor público hoje é amarrado de todas as formas. O tempo no Estado é diferente e com isso você não consegue avançar projetos importantes na velocidade que a sociedade quer e necessita. Obras importantes para a descentralização da saúde, como o Hospital Regional de Dourados, há oito meses estão em licitação. Deixei a Secretaria sem conseguir homologar a licitação devido a excesso de recursos, judicialização do processo e uma série de barreiras legais que impedem o início de uma obra vital para toda uma região. A descentralização da saúde é só mais um bom exemplo de que o Reinaldo precisa de mais quatro anos para terminar esse projetoque vem andando com a conclusão do Hospital do Trauma, com a construção do Hospital Regional de Três Lagoas, a modernização do Hospital de Ponta Porã e tantos outros.

Temos projetos estruturantes, como a revitalização da ferrovia Corumbá-Campo Grande-Três Lagoas, a construção da Ferrovia Ferroeste, nos ligando ao Porto de Paranaguá, e a Rota Bioceânica. Projetos que são a redenção econômica de um Estado exportador como o nosso.Então eu não tenho a menor dúvida, é muito importante, não para o Reinaldo, não para o grupo político do Reinaldo, mas para o Mato Grosso do Sul, que a população conceda a oportunidade para o governador ficar mais quatro anose concluir todos os seus projetos.

 




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