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Economia

Economia • 28 jan, 2018

Governador e prefeito da Capital abrem a 6ª Feira da Indústria de Calçados do Estado


Estado

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Na presença do governador Reinaldo Azambuja e do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, e com a expectativa de atrair uma nova indústria do segmento para Mato Grosso do Sul, a 6ª Feicc-MS (Feira de Calçados, Couros e Acessórios de Mato Grosso do Sul) começou neste domingo (28/01), no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, localizado na Avenida Mato Grosso, 5.000, Bairro Carandá Bosque, em Campo Grande (MS).
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O presidente do Sindical/MS (Sindicato das Indústrias de Calçados de Mato Grosso do Sul), João Batista de Camargo Filho, recepcionou o governador Reinaldo Azambuja e o prefeito Marquinhos Trad, que visitaram estandes, conversaram com representantes comerciais e discutiram sobre a movimentação econômica e oportunidades de negócios gerados pelo evento, que prossegue até terça-feira (30/01), sempre das 8 às 19 horas.
“As feiras regionais são tendência em todo país em termos de segmento calçadista. A visita do representante comercial ao lojista é algo que acontece com cada menos frequência, o momento de conhecer o mix de produtos da coleção e formar o estoque para a estação é durante a feira”, analisou João Batista de Camargo Filho sobre a Feicc, realizada duas vezes por ano para que a indústria de calçados apresente aos lojistas do Estado, e de países vizinhos, como Paraguai e Bolívia, as coleções de inverno e verão.
O presidente do Sindical/MS comentou, ainda, que a Feicc-MS é importante para o crescimento econômico do Estado em razão da geração de receita e pelo fato de a feira funcionar como uma vitrine para atração de novos empreendimentos do segmento. “Se o representante comercial fosse percorrer loja por loja, da Capital ao interior, levaria no mínimo 60 dias para fechar suas vendas. Aqui na feira são três dias para gerar negócios, antecipando a arrecadação de ICMS para o Estado”, acrescentou.
Repercussão
Para o governador Reinaldo Azambuja, a Feira vai mostrar ao lojista a qualidade da produção local e a força do segmento em Mato Grosso do Sul. “Iniciamos 2018 com uma feira que cresce cada vez mais em volumes de negócios e visitantes. O portfólio de incentivos do Governo do Estado para este segmento da indústria é um dos melhores do Brasil e, por esta razão, estamos abertos para apresentar esses incentivos a todos os interessados em vir para Mato Grosso Sul”, destacou.
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Acompanhado do governador, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, emendou que a Feira é uma grande oportunidade para o pequeno comerciante do interior. “O ponto fundamental da feira é que comerciantes do interior, que normalmente não teriam acesso a praticamente todas as marcas brasileiras, e teriam que viajar para fora do Estado, terão essa oportunidade. Somente o Sebrae/MS trará 150 comerciantes do interior, além da participação da indústria sul-mato-grossense de calçados, que também está aqui”, lembrou.
O prefeito Marquinhos Trad afirmou que o momento é propício para investimentos na Capital, que, segundo ele, trabalha com uma política ágil e desburocratizada para atrair novas indústrias. “Acredito que um evento como a Feicc serve para romper o pensamento de que Mato Grosso do Sul é regido pelo binômio agricultura e pecuária, e que aqui tem indústria forte, principalmente em Campo Grande, onde, por falta de gestão, por muito tempo as indústrias não vieram, mas agora a realidade é outra”, disse.
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia da Capital, Luiz Fernando Buainain, a Feicc-MS mostra a pujança de Campo Grande enquanto polo econômico. “Nossa Capital está pronta para atrair novos investimentos e isso fica claro diante do número de comerciantes e lojistas que passarão por aqui nesses três dias para comprar suas mercadorias, mostrando que há mercado consumidor, há dinheiro circulando, com novas perspectivas de contratação de mão de obra e movimentando a economia como um todo”, analisou.
Novidades
Entre os expositores a expectativa é oferecer novidades para atrair o consumidor. Da Pé com Pé, indústria de calçados infantis instalada em Birigui (SP), o representante comercial da marca no Estado, Ricardo Dias, está confiante de que a perspectiva de ter uma planta da fábrica instalada em Três Lagoas em 2019 traga novo fôlego para os negócios. “A política de incentivos do município e do Governo chamou a atenção da Pé com Pé. A negociação já está bastante adiantada e no primeiro semestre a planta já deve estar em funcionamento, gerando 100 empregos diretos”, disse o representante, que participa com a marca desde a primeira edição da feira.
A Klin, outra indústria paulista de calçados infantis que também conta com uma unidade em Três Lagoas, espera conquistar novos clientes durante os três dias de feira. “Somos uma marca consolidada no Estado, justamente por termos unidade fabril próxima do lojista, e na feira temos a oportunidade de ampliar nosso leque de cliente e nos posicionarmos cada vez mais nos municípios”, opinou o representante comercial da marca no Estado, Geraldo da Silva Nogueira.
Sérgio Rocha, representante comercial da Klassipé, cuja unidade fabril está instalada em Paranaíba, conta que a expectativa é fechar 10% mais negócios do que na edição anterior. “Participamos desde a primeira edição e, com a ampliação da produção, que hoje chega a 700 pares/ dia, e reestruturação do maquinário da unidade de Paranaíba, esperamos expandir mercado e atingir também lojistas da Bolívia e Paraguai”, projetou.
Entre as inovações a marca Rafitthy trouxe para apresentar aos lojistas que visitarem a Feira uma bolsa que, ao ser aberta, acende uma luz de LED para facilitar a busca por objetos no interior do acessório. A novidade deve chegar às lojas na coleção de inverno, com preço de venda na faixa dos R$ 350.
Para a lojista Maria Conceição Kuzer, que tem uma loja multimarcas de calçados em Corumbá, é esse tipo de produto que o lojista busca ao visitar uma feira. “Por mais que seja no interior, o consumidor é exigente, e busca tudo que há de novidade, as tendências que acompanha na internet, e precisamos ter isso na prateleira da loja, ou ele dá um jeito de vir a Campo Grande comprar, pede para o vizinho, o parente, trazer”, afirmou.
Dados do segmento
Segundo dados do Radar Industrial da Fiems, a indústria calçadista de Mato Grosso do Sul faturou R$ 350 milhões em 2017 e conta com 24 estabelecimentos que empregam 2.500 trabalhadores. A produção em 2017 foi de 7,5 milhões de pares de calçados. A organização da Feicc-MS projeta superar a edição do ano passado em termos de volumes de negócios e visitação de lojistas. São esperados R$ 14 milhões em vendas nos três dias do evento, valor superior aos R$ 13,2 milhões da 5ª edição.
Os 60 expositores apresentam e comercializam, somente para pessoas jurídicas, novidades e tendências da moda calçadista, bolsas e acessórios de couro de mais de 165 marcas diferentes. “Teremos grandes oportunidades para os lojistas, pois, fazendo seus pedidos na 6ª Feicc, obterão descontos e prazos de pagamentos diferenciados que só conseguirão nos três dias da Feira”, afirmou o presidente do Sindical/MS.
Fonte: ASSECOM



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