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Política

Política • 25 maio, 2019

Ciclo de Palestra do Senar/MS é sucesso


Mato Grosso do Sul tem uma produção pujante de floresta com mais de 1,1 milhão de hectares. “O grande desafio, atualmente, é fazer com que a matéria-prima que não é destinada à produção de celulose também tenha destino preciso. Atualmente 90% da madeira produzida é processada para a produção de celulose, fator que aumenta ainda mais a responsabilidade de saber o que fazer para o aproveitamento do material que até então, não é comercializado”, a afirmação foi feita pelo presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mauricio Saito, na abertura do Ciclo de Palestras Mais Floresta, nesta sexta-feira (24).

No evento organizado pelo Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Saito também destacou a importância social da atividade. “A relevância desta cadeia produtiva vai além dos indicadores econômicos. A importância no âmbito social está no número de pessoas envolvidas nesse setor. Agregado a estes fatores, estão a tecnologia e a sustentabilidade características desta atividade desenvolvida no estado com eficiência”.

O presidente também falou sobre a atuação do Senar/MS neste segmento. “Todas os cursos que temos voltados para a área florestal foram demandados pelos produtores rurais, por intermédio das unidades sindicais. Temos também a parceria com o Corpo de Bombeiros e o poder público estadual, nos treinamentos de combate e prevenção a incêndios, entre outras ações que visam o compartilhamento de conhecimento”.

De acordo com o palestrante, Edimar Scarpinati, que trouxe informações sobre a escolha dos melhores clones de eucalipto e pinus, o mercado já alcançou um patamar de 1,5 bilhão de mudas produzidas por ano, porém hoje alcança apenas 400 milhões de plantas. “O desenvolvimento do material genético no setor florestal trabalha para desenvolver um produto vendável e reduzir perdas, já que estamos falando de um risco de alto investimento econômico e 15 anos ou mais de desenvolvimento da cultura. Escolher a espécie certa para o seu negócio evita grandes prejuízos”, explicou.

A condução do cultivo de floresta para a produção da madeira também foi um dos temas apresentados nessa manhã. O consultor, Celso Medeiros, falou sobre o planejamento do plantio à colheita. “No inverno é sempre melhor para plantar já que o clima ameno e a temperatura mais baixa no solo são características favoráveis. O manejo com adubação adequada e preparo do solo, além dos cuidados com o cupim, são detalhes essenciais para obter bons resultados ao final da temporada”.

Na programação teve ainda as palestras “Como gerir e administrar uma floresta ao longo de 12 anos”, com Jozébio Gomes, da Eldorado Brasil; “O mercado de madeiras para a construção civil no Brasil”, de Marcelo Aflalo, da Núcleo da Madeira e a apresentação do Projeto My Wood Home, com Paulo Cardoso, parceiro no evento.

O Dia de Campo na Fazenda Ramirez Reflortec, no município de Ribas do Rio Pardo, encerrou o debate, com a troca de experiência entre os participantes.

Participaram do evento o diretor-secretário do Sistema Famasul, Frederico Stella; o diretor-tesoureiro da federação, Marcelo Bertoni; a diretora-técnica, Mariana Urt; o assessor técnico da CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do brasil, Rafael Costa; a assessora técnica do Senar Central, Ana Lígia; o presidente da Reflore e do Sindicato Rural de Água Clara, Moacir Reis e o diretor executivo da Reflore, Dito Mário.




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