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Política

Política • 28 abr, 2018

CONFIRA


Como explicar o suicídio?

25/04/2018

A pergunta é de relevância para a humanidade. Anualmente, milhares de pessoas deixam este mundo pelas portas falsas do suicídio. Os motivos variam: desgosto sentimental, falência financeira, miséria, solidão, doenças incuráveis.
No fundo, porém, a causa verdadeira do suicídio é a falta de fé em Deus e o desconhecimento da realidade espiritual. O materialista acha que sua existência é um acaso da natureza. Ele existe e daqui a pouco vai deixar de existir. Se a vida não lhe parece boa, se não teve sorte, não há razão para continuar vivendo. Já o incrédulo acredita em Deus, mas duvida de sua misericórdia e de sua justiça, achando que alguns foram privilegiados e outros relegados ao sofrimento. Não vê justificativa para tanta dor e miséria, considerando-se vítima, e, sem perspectivas de mudanças, resolve abandonar a vida e matar-se.
Como a fé não é sentimento que se consiga transferir de uma criatura para outra, as religiões não têm oferecido argumentos suficientes para baixar a taxa de suicídios. Isso só será possível quando todas as pessoas tiverem conhecimento de como a vida continua depois da morte. Até pouco tempo, havia para o homem três alternativas: o céu, o purgatório ou o inferno. Acredita-se ainda no céu beatífico, porque satisfaz o nosso ego. Mas muita gente já não pensa num inferno onde o pecador – a grande maioria – vai arder para sempre. O homem moderno, que avançou na inteligência, precisa de informações mais lógicas quanto à espiritualidade, pois senão descamba mesmo para a incredulidade ou até para o materialismo. É preciso que a nossa fé seja robustecida pela razão.
E a mediunidade é instrumento eficaz na luta contra o suicídio. Por mais que se combata, ninguém vai conseguir evitar a manifestação dos espíritos, porque eles estão por todos os lados, nas casas e até nos templos religiosos. Nossos decretos não os atingem. Dê-se aos espíritos o nome que se quiser: anjo, demônio, espírito imundo, espírito santo… não deixarão de ser o que são: os próprios homens, mas sem o corpo morto.
E são as almas dos chamados “mortos” que nos relatam o que acontece com o suicida na espiritualidade. A primeira grande decepção é saber que não morreu, que não deixou de existir ou que não dormirá para sempre. A segunda é que não conseguiu por fim à dor que o atormentava, mas, pelo contrário, a centuplicou. Além do mal que atingia o físico, e que com a morte é transferido para o corpo espiritual, é atormentado por outras dores e perturbações em decorrência do tipo de morte que escolheu: por exemplo, se foi enforcamento ou afogamento, carregará por onde for a asfixia, a falta de ar, a dor no pescoço ou no peito. A terceira decepção, causa de grande dor, é a solidão, a separação das pessoas que amava e que poderiam lhe ajudar, e a convivência com estranhos, almas no mesmo sofrimento ou espíritos inferiores que dele se aproveitam.
O princípio da salvação para esse irmão infeliz é aceitar Deus e suas leis. Após esse período, terá ainda que retornar à Terra em outro corpo, possivelmente em condições de sofrimento, para o reequilíbrio, e só depois recomeçará a jornada evolutiva que interrompeu com o ato insano.
Por esses motivos, valorizemos a nossa vida, confiemos que Deus nos ampara nos momentos difíceis, suportemos as nossas dores com resignação ativa, que a felicidade em breve virá ao nosso encontro.
Suicídio jamais!
Donizete Pinheiro é divulgador do espiritismo. – Comércio do Jahu



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