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Política • 14 jul, 2020

Deputados votam contra pedido de Contar para acesso às provas do indiciamento de Azambuja


Com base nas divulgações do indiciamento do governador de MS, Reinaldo Azambuja, o deputado estadual Capitão Contar apresentou requerimento à ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) para solicitar o compartilhamento de informações junto ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). O pedido foi apresentado na semana passada e votado nesta terça-feira (14) em sessão remota, sendo negado pela maioria dos deputados que recusaram pedir o acesso às provas do inquérito. Essas informações podem embasar o impeachment que já foi protocolado na ALMS.
Apesar da Polícia Federal ter indiciado o administrador do executivo estadual por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, a Assembleia foi contra o requerimento, sendo 12 votos contrários, uma abstenção e apenas quatro favoráveis: do Capitão Contar, Cabo Almi, João Henrique Catan e Pedro Kemp.
Contar alertou durante a sessão que, “também é público e notório que os prejuízos apurados nesse inquérito somam mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos do Estado, fato que, após recebimento da denúncia pelo relator, ministro Felix Fischer, pode vir a configurar crime de responsabilidade e pode afastar o atual governador”.
O deputado defendeu a aprovação do requerimento e o cargo de fiscalizador: “considerando o papel constitucional desta Assembleia Legislativa; considerando o dever de zelar e fiscalizar de cada um dos senhores deputados; considerando que ninguém está acima da Lei; seguindo o nosso Regimento Interno é que apresento o pedido de requerimento para ter acesso às informações do indiciamento da Polícia Federal”.
Sobre o relatório final da CPI da ALMS, que investigou a JBS e Reinaldo Azambuja, também não foi entregue ao Capitão Contar e não consta de forma pública no site da Assembleia Legislativa: “já requeri essa informação pela Casa e até o momento não tive acesso”.
Capitão Contar também protocolou o pedido de compartilhamento de provas diretamente ao STJ. Além disso, solicitou acesso às provas relacionadas ao governador, que constam no inquérito da Polícia Federal 1.190, para que todos os deputados possam embasar e resguardar suas decisões em torno do pedido de impeachment já protocolado, na quarta-feira (08), na Casa de Leis, ou até mesmo para fundamentar e respaldar um novo pedido de impeachment a ser apresentado pelo parlamentar, contendo o conteúdo que está em sigilo.
ASSECOM



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