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Política

Política • 10 fev, 2020

Desmate no Parque dos Poderes: deputado Capitão Contar é contra!


Na contramão de projetos que promovem o desenvolvimento sustentável sem destruir o meio ambiente, Mato Grosso do Sul corre o risco de perder um patrimônio ambiental, referência nacional de proteção e centro de lazer, contemplação e qualidade de vida acessível a toda a população.
O centro político de Mato Grosso do Sul, possui um diferencial que poucas capitais têm o privilégio que é abrigar um verdadeiro refúgio da fauna e da flora. Em Campo Grande, é possível ter a experiência de avistar, no meio urbano, quatis atravessando as ruas, lobinhos, tamanduás, além de várias espécies de araras e aves do cerrado. Espécies que podem perder seu habitat, já que o Governo do Estado conseguiu autorização para desmatar o Parque dos Poderes, reduto de uma rica diversidade biológica e verdadeiro cartão postal da Cidade, além de cenário para contemplação e lazer das famílias.
Para tentar impedir que o Parque dos Poderes seja devastado, o deputado estadual, Capitão Contar (PSL), defende, juntamente com os deputados Pedro Kemp, Lucas de Lima e Cabo Almi, o Projeto de Lei 6/2020 que proíbe a supressão vegetal nas regiões que compõem o Complexo do Parque dos Poderes, em Campo Grande. A proposta começou a tramitar nesta quinta-feira (6), na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).
“Deveríamos estar discutindo alternativas para preservar nossas riquezas naturais. Temos uma imensa área verde que abriga um rico ecossistema, bem aqui no centro administrativo de Campo Grande. É um patrimônio dos sul-mato-grossenses. É inconcebível que estejamos prestes de desmatar uma área verde nativa para construir estacionamentos. Eu lamento que isso possa acontecer. Sou totalmente contra o desmatamento do Parque dos Poderes, tanto é que votei contra o destombamento do Parque.”, explica o parlamentar Capitão Contar.
Atualmente, está correndo um processo no Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) para desmatar 3,31 hectares de uma área no Parque dos Poderes que, teoricamente, seria para construir secretarias e estacionamentos novos. O Projeto do Capitão Contar e mais três parlamentares propõe a alteração e supressão de dispositivos da Lei 5.237, que criou o Complexo dos Poderes e estabeleceu o Programa de Preservações, Proteção e Recuperação Ambiental das áreas que abrangem o Parque dos Poderes, o Parque Estadual do Prosa e o Parque das Nações Indígenas.
Entenda o caso
No apagar das luzes, na última sessão do ano passado, o Decreto 606/2018, que iniciava o processo de tombamento do Complexo dos Poderes, que compreende as áreas do Parque dos Poderes, o Parque Estadual do Prosa e o Parque das Nações Indígenas, foi revogado pela Assembleia Legislativa. Com a decisão, a ALMS tira do MPE (Ministério Público Estadual) uma arma para travar o desmatamento de 3,31 hectares de mata nativa, permitindo assim a construção do novo prédio da Secretaria Estadual de Fazenda.
Dos deputados que votaram contra essa manobra está o Capitão Contar e mais quatro parlamentares que entenderam que essa revogação irá prejudicar a fauna e a flora da região impactando profundamente no ecossistema local, já que vários problemas como alagamento da região do Via Park e Shopping Campo Grande é fruto da falta de cuidado com o meio ambiente quando foi desmatada a região do Parque dos Poderes.
ASSECOM



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