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Política • 02 jul, 2019

Fábio Trad insiste na inclusão de policiais na reforma da previdência


“Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na exata
medida de suas desigualdades”: evocando o princípio constitucional da
igualdade o deputado federal Fábio Trad (PSD-MS) ratificou, no plenário
da Câmara, seu voto favorável à inclusão dos policiais no regime
especial reservado para as Forças Armadas no projeto da reforma da
previdência.

O parlamentar aproveitou a ocasião para defender também a inclusão da
guarda civil municipal no artigo 144 da Constituição Federal que
determina as forças de Segurança Pública do país.

“Antecipo publicamente meu voto favorável à aposentadoria especial aos
policiais, inclusive os federais, militares, rodoviários federais,
bombeiros, com a inclusão dos guardas municipais no artigo 144 da
Constituição Federal, uma vez que eles estão numa situação desigual. E
desigualdade com desigualdade formam a isonomia, que é o preceito maior
que deve ser atendido pela Constituição Federal”, disse em sua
manifestação.

Segundo Trad, é preciso ter consciência de que sobretudo os policiais
carregam em seus ombros uma responsabilidade desmedida, a despeito da
precariedade de infraestrutura que enfrentam cotidianamente, o que
precisa ser levado em consideração na reforma da previdência.

“A população, premida por essa propaganda, por segurança pública cada
vez mais repressora, espera por segurança e deposita nos ombros dos
policiais a perspectiva de ter uma vida pacífica. Só que os policiais
não tem as condições estruturais necessárias para exercerem com
proficiência seu mister. Sem uma polícia aparelhada não há segurança
pública no Brasil”.

Como exemplo da difícil situação em que encontram-se os policiais no
país, o deputado lamentou o caso do tenente-coronel da Polícia Militar
de Mato Grosso do Sul, Oéliton Santana de Figueiredo, 44 anos, que
suicidou-se com um tiro na cabeça na manhã desta segunda-feira (1) em
sua casa.

Lotado na 5ª Companhia Independente de Polícia Militar, ele era filho do
sargento da Polícia Militar reformado, Ilson Martins Figueiredo,
executado a tiros de fuzil AK 47 no dia 11 de junho do ano passado,
também em Campo Grande.

“A capital de Mato Grosso do Sul assistiu a mais um ato de suicídio,
mais um policial militar, desta vez do tenente-coronel Figueiredo. Até
quando”?

Em recente pesquisa conduzida pelo GEPeSP (Grupo de Estudo e Pesquisa em
Suicídio e Prevenção), da Uerj, sob a coordenação da cientista política
Dayse Miranda, 10% dos policiais militares disseram ter tentado suicídio
e 22% afirmaram ter pensado em suicidar-se em algum momento.

Por Daniel Machado – assessor de imprensa




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