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Política • 30 nov, 2020

Fabio Trad relata a experiência dolorida do Covid-19


O deputado federal Fábio Trad (PSD/MS) venceu a luta contra a Covid-19 após ficar duas semanas internado em decorrência da doença

Natural de Campo Grande (MS), onde nasceu em 18 de agosto de 1969, e deputado federal em seu terceiro mandato, o advogado e mestre Fábio Ricardo Trad (PSD/MS), 51 anos, que é o quarto filho de Nelson Trad e Therezinha Mandetta Trad, venceu a batalha contra a Covid-19, após duas semanas de internação para tratamento de complicações respiratórias em decorrência da doença. Ele recebeu alta hospitalar no último dia 26 de novembro, mas continua em casa sua recuperação e encontrou um tempo na agenda para atender a reportagem do jornal A Crítica para falar um pouco desse momento delicado que passou.

Ele relata que durante o período em que ficou internado chegou a ir para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) por uma semana. “Estou em casa iniciando o processo de recuperação de minha saúde pulmonar. Gratidão infinita a Deus por ter me amparado nestes dias difíceis”, reforçou, agradecendo à equipe hospitalar que cuidou dele durante o período de internação, além dos demais funcionários do Hospital do Coração, onde ficou em tratamento em Campo Grande. “Expresso também toda a minha gratidão e carinho a minha sobrinha médica cardiologista Letícia Trad Martins Costa, que conduziu este processo com extremo zelo, devoção e profissionalismo. Ao meu irmão Nelson, o meu Nersin, obrigado pelo apoio médico e fraterno constantes”, completou.

Fábio Trad, que é irmão do senador Nelsinho Trad (PSD/MS) e do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), foi quem informou nas suas redes sociais sobre a própria internação. Curado depois de duas semanas, ele reforça que a doença é uma loteria. “Por que veio forte em mim se não estou em grupos de risco? Meu conselho é simples: prevenção total”, alertou a todos sobre a gravidade da Covid-19 e como importante é tomar todos os cuidados de prevenção à doença, como o uso de máscaras e a utilização de álcool em gel para higienizar as mãos sempre que tiver contato com outras pessoas ou objetos.

O deputado federal também falou ao jornal A Crítica sobre o posicionamento do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) a respeito da Covid-19. “Penso que poderia ter sido mais proativo nas estratégias de detecção da doença. Acho que ainda há politização no enfrentamento da doença e pouca disposição do presidente em liderar o país neste momento. Seu negacionismo diante da gravidade da doença também foi desastroso”, ressaltou.

A respeito de política, Fábio Trad comentou sobre a vitória do irmão Marquinhos Trad nas eleições municipais deste ano em Campo Grande e do nível da campanha, que teve vários ataques ao atual prefeito. Ainda na entrevista, ele falou sobre as eleições para governador em 2022 e acredita que o fato de o irmão ter vencido no 1º turno o credencia a postular o cargo, mas antes deve cuidar da Capital.

Sobre 2020, Fábio Trad fez questão de lembrar que foi eleito o melhor deputado federal de 2020 na escolha do júri especializado do Prêmio Congresso em Foco. Os vencedores do Prêmio Congresso em Foco 2020 foram anunciados em cerimônia virtual realizada no dia 20 de agosto transmitida pela página do Congresso em Foco em razão da pandemia do novo coronavírus.

A CRÍTICA – Após ficar duas semanas internados devido à Covid-19, como o senhor encara essa vitória?
Fábio Trad – Encaro com a alma ajoelhada de gratidão a Deus. Estou em casa iniciando o processo de recuperação de minha saúde pulmonar. Gratidão infinita a Ele por ter me amparado nestes dias difíceis. Ainda está sendo um período muito fértil de aprendizado e evolução espiritual. O silêncio do isolamento hospitalar é um professor implacável. Estou me esforçando para continuar decifrando tudo o que ocorreu nestes dias de riscos e provações. Expresso também toda a minha gratidão e carinho a minha sobrinha médica cardiologista Letícia Trad Martins Costa, que conduziu este processo com extremo zelo, devoção e profissionalismo. Ao meu irmão Nelson (senador Nelsinho Trad), o meu Nersin, obrigado pelo apoio médico e fraterno constantes.

A CRÍTICA – Quais os conselhos que o senhor gostaria de repassar para as pessoas que não levam essa doença a sério?
Fábio Trad – Ela é uma loteria. Por que veio forte em mim se não estou em grupos de risco? Meu conselho é simples: prevenção total.

A CRÍTICA – Na avaliação do senhor, o Governo Federal deveria olhar com mais atenção para essa pandemia?
Fábio Trad – Sim, penso que poderia ter sido mais proativo nas estratégias de detecção da doença. Acho que ainda há politização no enfrentamento da doença e pouca disposição do presidente em liderar o país neste momento. Seu negacionismo diante da gravidade da doença também foi desastroso.

A CRÍTICA – O senhor é a favor da obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 quando ela for liberada pelos laboratórios?
Fábio Trad – Sou favorável. Ninguém pode usar a sua liberdade para colocar em risco a vida dos outros. Todos devem ser vacinados, porque todos têm direito à vida e nenhuma liberdade pode se sobrepor ao direito à existência.

A CRÍTICA – Mudando de assunto, qual a avaliação que o senhor faz a respeito da vitória do seu irmão Marquinhos Trad nas eleições municipais deste ano em Campo Grande?
Fábio Trad – A cidade aprovou o trabalho e aposta na continuidade evolutiva da gestão. Uma vitória da maturidade que ignorou críticas infundadas e palavrório vazio dos concorrentes.

A CRÍTICA – O senhor acredita que essa reeleição credencia Marquinhos Trad a tentar o cargo de governador nas eleições gerais de 2022?
Fábio Trad – Acredito sim, mas primeiro é preciso cuidar de Campo Grande e honrar o que foi pactuado nesta campanha.

A CRÍTICA – A respeito das reformas Tributária e Política, o senhor acredita que elas devem ser votadas quando pelo Congresso Nacional?
Fábio Trad – Ano que vem, sim, a Reforma Tributária.

A CRÍTICA – Qual o balanço que o senhor faz do seu mantado neste ano tão atípico devido à Covid-19?
Fábio Trad – Em agosto deste ano, fui eleito pelo júri técnico do Congresso em Foco como o melhor deputado federal do Brasil. Poucas pessoas souberam disso, mas nunca Mato Grosso do Sul teve alguém assim reconhecido nacionalmente pela qualidade dos membros que votaram. Em meu discurso de agradecimento pela conquista, eu falei da angústia e da esperança, que são duas potencias afetivas que hoje dominam a população brasileira. Angústia porque ainda não vi o Brasil ser de todos os brasileiros. Um país que tem minério, petróleo, água doce, salgada, mas ainda não é de todos os brasileiros. E a esperança é nela que eu me agarro, eu durmo em paz com ela. Com a esperança eu acho que ainda vale a pena e tem sentido ser deputado federal. Hoje, posso dizer que estou satisfeito com o meu desempenho, mas vou intensificar muito mais no próximo ano porque gosto do que faço e acho que posso contribuir mais.

Fonte – A Crítica




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