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Política • 05 jul, 2018

Futuro presidente: Fiems exige confiabilidade


Ao longo desta quarta-feira (04/07), no CICB (Centro Internacional de Convenções do Brasil), em Brasília (DF), os seis principais pré-candidatos à Presidência da República – Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (REDE), Jair Bolsonaro (PSL), Henrique Meirelles (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Álvaro Dias (Podemos) – participaram do evento “Diálogo da Indústria com os Candidatos à Presidência da República”, realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), quando apesentaram seus planos de governo voltados para a indústria.
Na avaliação dos diretores do Sistema Fiems, que acompanharam as apresentações de propostas dos seis pré-candidatos, o futuro presidente da República precisará, primeiramente, reconquistar a confiança do empresariado brasileiro e estrangeiro para que os investimentos no País sejam retomados. O 3º vice-presidente-regional da Fiems, Lourival Vieira Costa, pontua que no discurso os seis políticos parecerem estar alinhados com as reivindicações da indústria.
“Só resta saber é que, caso um deles ganhe a eleição, se vai realmente cumprir as promessas feitas ao setor industrial brasileiro. Se realmente cumprirem o que a indústria necessita para o seu crescimento, o setor deve apresentar taxas de crescimento altas. Com certeza o País precisa de investimentos, não só internos, como externos também e, para isso, o próximo presidente vai precisar de credibilidade junto aos investidores e essa confiança não será obtida já no dia 1º de janeiro de 2019, vai levar um tempo para que o capital externo confie no novo Governo e faça os investimentos necessários aqui no Brasil”, analisou Lourival Vieira.
Para o diretor da Fiems, Altair da Graça Cruz, pelas propostas apresentadas, o pré-candidato Jair Bolsonaro foi o que mais pareceu preparado para assumir o comando do Brasil. “Ouvi as propostas dos pré-candidatos e alguns demonstraram um pouco de insegurança em relação às medidas necessárias para a retomada do crescimento. Na minha opinião, o que melhor transpareceu condições para melhorar o País foi o Bolsonaro, acredito que ele seja o melhor para governar a nossa nação”, afirmou.
Com esse mesmo pensamento, o presidente do Simemae/MS (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Mato Grosso do Sul), Irineu Milanesi, destaca a apresentação de propostas feito por Jair Bolsonaro. “Os outros falaram as mesmas coisas, com exceção do Geraldo Alckmin, que também demonstrou ter condições de ser o nosso futuro presidente graças à experiência política de administrar o Estado de São Paulo. Porém, o Bolsonaro tem o perfil ideal para conduzir o Brasil na situação em que se encontra hoje, pois tem uma personalidade forte e o País precisa disso”, assegurou.
Já o presidente do Sindiplast/MS (Sindicato das Indústrias Plásticas e Petroquímicas de Mato Grosso do Sul), Zigomar Burille, acrescenta que alguns pré-candidatos conseguiram apresentar propostas alinhadas com a indústria, enquanto outros estão na contramão do desenvolvimento. “Precisamos olhar para a frente para sabermos qual candidato devemos escolher. Tivemos a apresentação de ótimos pré-candidatos, que seriam bons presidentes para o Brasil, dentre eles, uns dois ou três dariam conta de colocar o Brasil nos trilhos”, analisou.
Na avaliação do presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bionergia de Mato Grosso do Sul), Roberto Hollanda, conhecer as intenções dos pré-candidatos é fundamental diante do momento político por que passa o país. “Acredito que a CNI presta um grande serviço para o setor produtivo do Brasil como um todo porque é uma necessidade saber a proposta de cada um. Quando nós estamos em um evento como esse, a gente distingue a conversa fácil do conteúdo. Já começamos o dia e vimos propostas de três candidatos, podemos avaliar e pesar aqueles que estão com mais sintonia com o momento que o Brasil está precisando”, opinou.
Para a presidente do Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínio de Mato Grosso do Sul), Milene Nantes, os presidenciáveis buscaram se ater aos temas de interesse da indústria. “Entendo como importante esse painel de diálogos, porque assim nós temos conhecimento do que esses candidatos podem realmente trazer para a indústria. Foram assuntos realmente pertinentes ao setor, temas que o empresário realmente precisa ter conhecimento”, comentou a empresária, ressaltando a oportunidade que o público teve de interagir com os pré-candidatos.
Para a diretora da Fiems, Silvana Gasparini, que também é do segmento laticínio, com a palestra, cada pré-candidato pôde apresentar seu perfil. “O Alckmin é aquele político experiente, tem uma bagagem muito boa, fez um bom governo em São Paulo e acredito que ele seja um forte candidato. A Marina demonstrou manter o mesmo discurso, que inclusive acredito ter sido em desacordo com a plateia que estava ali, criticando a reforma trabalhista, não foi muito estratégico da parte dela. Já o Bolsonaro é uma figura totalmente extremista, mas que, às vezes, faz a gente pensar se o Brasil não está precisando dessa sacudida mesmo para mudar todo sistema, um mecanismo que está instalado. Seria um tiro no escuro, mas resta saber se esse tiro vai no alvo que a gente precisa”, ponderou.
Presidente do Siams (Sindicato da Indústria de Alimentação de Mato Grosso do Sul), Sandro Mendonça, também avaliou que as perguntas aos pré-candidatos foram feitas de maneira democrática e o evento foi relevante para o setor industrial. “Acredita-se que Geraldo Alckmin diga tudo que o empresário quer ouvir e a Marina Silva como esquerdista colocou nada com nada, como sempre. Mas é o perfil de cada um, tem gente que gosta, outros não. Já o Bolsonaro é de um movimento novo, mostrou-se despreparado, mas humilde para colocar suas propostas e acredito que ele agrade muito com isso”, disse.
O diretor-corporativo da Fiems, Cláudio Alves, acrescenta que foi possível perceber nas apresentações feitas pelos seis pré-candidatos que tem dois que destoam bastante dos demais, que são a Marina e o Bolsonaro, que em nenhum momento foram enfáticos em defender as suas opiniões. “O Geraldo Alckmin falou muito bem sobre ajuste fiscal e das contas públicas, assim como Henrique Meireles, Ciro Gomes e Álvaro Dias, mas tudo é uma incógnita. Para setor industrial, esses quatro – Alckmin, Ciro, Meirelles e Álvaro – defenderam ajustes que são necessários, como a reforma tributária, reforma da Previdência, ajustes das contas públicas e tentar dar mais segurança jurídica para as empresas que instalaram nos Estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Os empresários precisam de segurança e no momento todos estão inseguros sem saber quem será o novo presidente. De agora para a frente começa a se definir o melhor candidato para o setor, pois, nós temos de voltar a crescer, trazer novas empresas e gerar mais empregos e renda”, falou.
ASSECOM




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