Campo Grande, 25/04/2024 06:18

Blog do Manoel Afonso

Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

Política

Política • 26 abr, 2019

Morada dos Bais: Celebração festiva neste domingo


O Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul (Marco), em parceria com o coletivo de mulheres artistas “As descendentes de Lídia”, encerra celebração dos 119 anos da artista campo-grandense neste domingo (28.4).

Às 16 horas acontece a oficina de imersão ministrada por Kim Weiss, e às 18 horas, roda de conversa com Fernanda Reis e Thaís Martins. A Orquestra Sinfônica de Campo Grande encerra a programação às 20 horas, com a execução da obra musical de Lídia, que como foi gravada numa época anterior aos discos de vinil. As músicas são acervo do MIS e algumas delas foram recuperadas e reescritas pelo maestro Eduardo Martinelli.

Além da oficina, roda de conversa e apresentação musical, está aberta ao público exposição das obras de Lídia do acervo do Marco.

Lídia Baís nasceu em 22 de abril de 1900 na cidade de Campo Grande/MS e aqui faleceu, em 10 de outubro de 1985. Sua produção artística delineia-se por signos que marcam uma trajetória de resistência, considerada precursora das artes plásticas de Mato Grosso do Sul. Vida e obra da artista suscitam diferentes manifestações artísticas e culturais que buscam manter viva a memória da arte feminina do estado.

Ao ressignificar a própria história, a artista aprofundou-se na reflexão sobre a família, a trajetória de vida, os assuntos de cunho espiritual que também contribuíram para que ela refletisse sua presença no mundo como mulher e artista. Suas representações pictóricas questionaram a sociedade, assim como a sociedade refletiu no seu processo criador dando origem a uma obra complexa e transgressora.

A espiritualidade relacionada à produção artística e intelectual é uma marca importante nos trabalhos de Lídia Baís. Ainda jovem inclinou-se aos temas espirituais, pintou, compôs músicas escreveu, rezou e passou vários dias em jejum, doou parte de seus pertences aos pobres que batiam a sua porta pedindo ajuda e permaneceu por longos períodos enclausurada no ateliê pintando e compondo músicas ao piano.

 

O evento é aberto ao público e com entrada franca. O Marco fica na Avenida Antonio Maria Coelho, 6000, Parque das Nações Indígenas. Telefone: (67) 3326-7449.

Fotos: Divulgação.

Karina Medeiros de Lima – Fundação de Cultura de MS.




Deixe seu comentário