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Política • 19 nov, 2021

Programa beneficiará famílias de baixa renda no tratamento de cães com leishmaniose


De autoria do deputado João Henrique, é destinado a tutores que comprovarem renda de até três salários mínimos

Até o pote para colocar a ração é motivo de sofrimento para a dona de casa
Maria Juracy. O utensílio ainda está no mesmo local no quintal e a faz
lembrar da sua cachorra Lili, sacrificada após ser diagnosticada com
leishmaniose. A enorme tristeza é intensificada pelo fato de a família não
ter conseguido salvá-la por não poder arcar com os custos do tratamento,
pois apenas o marido trabalha e ganha pouco.

Grande defensor da causa animal e sensibilizado com casos como este, o
deputado João Henrique (PL) protocolou ontem (18.11), na Assembleia
Legislativa de Mato Grosso do Sul, o projeto de lei que cria o Programa
Bem-Estar Animal para Tratamento de Leishmaniose em Mato Grosso do
Sul, destinado a tutores de baixa renda. Serão beneficiados aqueles que
comprovarem renda familiar de até três salários mínimos

Pela proposta, os tutores de baixa renda que estiverem cadastrados no
programa e optarem por tratar o animal com leishmaniose receberão os
medicamentos necessários, exames e avaliações clínicas oferecidas pelo
programa estadual.

Por se tratar de uma questão de saúde pública, o diagnóstico da
leishmaniose canina era praticamente uma sentença de morte até pouco
tempo atrás, levando o animal ao sacrifício. Mas em 2016 o Ministério da
Saúde mudou a orientação e hoje sabemos que é possível tratar o animal,
com resultados muito positivos. Porém, muitas pessoas não têm condições
financeiras de pagar os valores do tratamento e este projeto vem justamente
para ajudá-las a ter este acesso”, explica o deputado.

A leishmaniose é uma doença parasitária relativamente comum em países
tropicais, como o Brasil, que afeta principalmente cachorros.
“É preciso dar total atenção a este tipo de situação, já que o tratamento é
caro, longo, requer muito cuidado e intenso acompanhamento veterinário
por muito tempo, tornando-se inviável para estes tutores sul-mato-
grossenses. Ao ser tratado, o cachorro não apresentará lesões e viverá como

se fosse um animal saudável, podendo conviver normalmente com outros
cachorros bem como com humanos sem o risco de contaminá-los”.
A secretaria estadual responsável pela execução do programa organizará a
execução em todos os municípios do Estado. O programa será
regulamentado pelo Poder Executivo.

Juliana Barros | Marinez Benjamin | Cristina Medeiros – Assessoria de
Comunicação – comunicacao.djh@al.ms.gov.br




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