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Política

Política • 24 nov, 2020

Queijo falso: projeto segue em regime de urgência


De autoria do deputado João Henrique, e com votação em regime de
urgência, ele protege a bacia leiteira, os produtores, a indústria do leite de
MS e o consumidor contra produtos semelhantes ao queijo

Pensando em adquirir o melhor produto para sua família você vai ao
supermercado, à padaria ou à lanchonete e compra algumas gramas de
muçarela, chipas, bolinhas de queijo ou aquele cheese-burguer de dar água
na boca. Mas já parou para pensar se o queijo contido nestes produtos é
mesmo 100% derivado do leite ou apenas parece que é? Cuidado, você
pode estar sendo enganado!

Para acabar com isso, os deputados da Assembleia Legislativa de Mato
Grosso do Sul conseguiram assinaturas para tramitar, em regime de
urgência, um projeto de lei de autoria do deputado João Henrique (PL) que
obriga estabelecimentos comerciais do ramo alimentício a informar aos
clientes quando utilizarem produtos semelhantes ao queijo – sim, isso
existe, e muito! No produto em questão deverá constar a mensagem: “Este
produto não é queijo”.

“Esta ação ocorre em regime de urgência para justamente proteger a bacia
leiteira do Estado, os produtores de leite, os fabricantes dos produtos além
da saúde do consumidor, que não pode comprar gato por lebre. É preciso
informar ao consumidor sobre o que ele está comprando, se é 100% queijo
ou não”, explica o deputado João Henrique.

O projeto foi apresentado por conta dos graves prejuízos que esta prática
pelos estabelecimentos comerciais está causando aos produtores de leite do
Estado, tanto da região de Campo Grande quanto para os do Bolsão de
Mato Grosso do Sul, o Vale do Ivinhema, que têm amargado prejuízos nos
últimos anos, com a desvalorização dos legítimos produtos derivados do
leite e, consequentemente, do preço.

“Trata-se de um projeto inovador, que certamente protegerá a bacia leiteira,
aumentará a arrecadação e o lucro do produtor de leite e do fabricante

destes derivados. O valor dos produtos semelhantes ao queijo, requeijão e
outros lácteos são mais baratos que os legítimos produtos derivados do
leite, fazendo com que os estabelecimentos comerciais do ramo alimentício
os priorizem. Isso é gravíssimo para a economia do Estado. É preciso
socorrer os produtores de leite das regiões do Bolsão, do Vale do Ivinhema,
em cidades como Paranaíba, Água Clara, Cassilândia, Aparecida do
Taboado, Chapadão do Sul, Dourados, entre vários outros municípios que
se dedicam a esta produção”, diz o deputado.

O ganho real do produtor com este projeto, segundo o deputado, será
enorme, porque ele voltará a ter seu produto respeitado, verá crescer o
consumo de produtos originais e legais; e o consumidor ganha também em
saúde, porque os produtos lácteos são de excelente qualidade, ricos em
cálcio, vitaminas e proteínas, ao contrário dos demais, que contêm amido,
gordura vegetal hidrogenada, esta altamente cancerígena~.

João Henrique esclarece que há tempos a indústria e os mercados já se
adequaram, trazendo informações nutricionais nos rótulos dos produtos
análogos ao queijo, requeijão e outros lácteos. “Então, quem compra desses
estabelecimentos produtos tem consciência do que está comprando sem
equívocos ou enganos, diferente do consumidor que compra uma bolinha
de queijo frita, uma pizza de muçarela ou um pastel de queijo e não sabe se
o que está consumindo é queijo de verdade ou não”.




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