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Política • 30 abr, 2018

RICARDO AYACHE – POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE


“Vamos ver o que o destino nos reserva na participação política”

“Acredito muito na política como forma de transformar e melhorar a realidade do nosso povo”

Alberto Gonçalves – A Crítica 

 

O médico cardiologista e nutrólogo Ricardo Ayache esclarece que, embora muitos peçam sua candidatura a algum cargo na política, no atual momento não irá concorrer a cargo eletivo nas eleições. Sua meta agora é se dedicar à gestão da Cassems – Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul.

Ayache, que está há sete anos à frente da presidência da entidade, garante que pretende se dedicar ainda mais à saúde do funcionalismo.

Parafraseando Juscelino Kubitschek, diz que “a política é destino”, por isso vai aguardar.

O médico fez questão de lembrar que não está decepcionado com a política, mas que nesse momento irá trabalhar para a saúde. Ayache se diz aberto a debates sobre a área técnica, onde poderá de alguma maneira contribuir.

Acompanhe a entrevista:

 

A Crítica – Na Cassems, o senhor fez algo novo. Qual era seu projeto ao entrar na entidade ?

Ricardo Ayache – O projeto maior era simplesmente entregar para os servidores públicos e familiares uma saúde digna, que respeitasse o cidadão. Enfim, o que tanto desejamos para a saúde pública. Partindo disso, nós começamos a trabalhar. E esse trabalho teve o Lauro como primeiro presidente, eu vim na sequência. Nos últimos sete anos tive a honra de presidir a Cassems. Conseguimos construir realmente um plano de saúde de muita qualidade para o nosso Estado e que muito nos orgulha. Então, o princípio maior foi ter seriedade para entregar uma saúde digna para as pessoas que confiaram em nosso trabalho.

A Crítica – Ainda sobre a Cassems, há a possibilidade de se tornar um plano de saúde para outras pessoas, além do funcionalismo público?

Ricardo Ayache – Nesse momento, do ponto de vista da Agência Nacional de Saúde, não é possível.

A Crítica – Falando de política: em 2014, o senhor concorreu ao Senado e teve uma grande margem de votação. Posteriormente, mudou de partido. Agora, o senhor desistiu da política, já que não se candidatou?

Ricardo Ayache – No atual momento, fiz uma opção em dar sequência a esse trabalho que estamos desenvolvendo na Cassems. É uma grande responsabilidade. Entendo que esse momento é para isso, de investir mais na saúde dos servidores públicos, profissionalizar ainda mais a nossa gestão. Temos o Hospital de Corumbá para entregar. Temos o Hospital de Dourados para ampliar, onde queremos dobrar a capacidade. O de Campo Grande também já está ficando pequeno. Tem muita coisa para fazer e assim vamos nos dedicar integralmente à gestão da Cassems. Realmente não serei candidato nessa eleição. Inclusive acabei me desfiliando do PSB e estou sem partido, para realmente não deixar dúvida alguma sobre essa decisão.

A Crítica – O que pode dizer aqueles eleitores que votariam no senhor? Há algo planejado para o futuro dentro da política?

Ricardo Ayache – Agradeço imensamente a confiança, a lembrança dessas pessoas sobre o meu nome para uma candidatura. Costumo usar muito uma frase de Juscelino Kubitschek, que diz: ‘a política é destino’. Vamos ver o que o destino reserva para a gente na participação pública, política aqui no nosso Estado. Estou muito focado na gestão da Cassems nesse momento, na minha função como cardiologista. Então, sobre a política vamos avaliar mais para frente qual será esse momento e se é que iremos participar. Mas isso um pouco mais para frente, agora não.

A Crítica – Independente dessa sua posição, com certeza partidos políticos irão procurar o seu apoio nessas eleições. Já houve algum contato a respeito disso?

Ricardo Ayache – Sem dúvida, isso ocorre constantemente e a gente fica muito honrado de ser lembrado, procurado por vários partidos. Mas a opção agora realmente é trabalhar na Cassems e observar como é que o cenário político vai se desenhar nos próximos meses aqui em Mato Grosso do Sul.

A Crítica – O senhor se decepcionou com na política?

Ricardo Ayache – De forma alguma é uma decepção. Vejo que nesse momento prefiro ficar atuar no trabalho técnico da saúde, onde acredito que podemos contribuir muito ainda. Se precisar do nosso trabalho, enquanto técnico, nossa opinião sobre a saúde, e sobre como enxergamos nosso Estado, estaremos sempre à disposição para debater, discutir, de forma muito republicana. Não há decepção, ao contrário, acredito muito na política como forma de transformar e melhorar a realidade do nosso povo. Claro que precisamos de agentes políticos que tenham esse objetivo também, mas tenho certeza que a população saberá escolher no seu momento aqueles que melhor irão representar os desejos da sociedade de uma vida melhor, justamente melhor.

A Crítica – O senhor não seria esse agente hoje?

Ricardo Ayache – Quem sabe no futuro.

A Crítica – Próximo?

Ricardo Ayache – Pode ser, pode ser, por que não? Mas por enquanto não, nosso objetivo é trabalhar na Cassems. O futuro vai ficar por conta do destino.




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