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Política • 07 fev, 2019

Só 15% têm o ensino superior no País


Ingressar em uma universidade é o sonho de muitos jovens que almejam ter uma estabilidade financeira no futuro, além da realização pessoal e profissional. Hoje, com programas sociais do governo destinados para os estudantes como o ProUni, Fies ou Sisu, este sonho se tornou realidade para alguns. Mas apesar de todos estes programas, muitas pessoas terminaram o ensino médio e até hoje não cursaram o ensino superior, ou então, iniciaram e desistiram na metade do curso.

De acordo com a última pesquisa divulgada no ano passado e realizada no período de 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um crescimento comparado com a pesquisa realizada em 2016. Cerca de 25,1 milhões de pessoas de 15 a 29 anos que não alcançaram o ensino superior completo não estavam estudando ou se qualificando. Desse grupo de pessoas, a maioria eram homens com 52,5% e pessoas de cor preta ou parda com 64,2%. De 2016 para 2017, foram 343 mil pessoas a mais nessa situação, equivalente a um aumento de 1,4%.

Priscila da Silva, de 19 anos, entrou em uma universidade privada, mas apesar de ter sido feliz no primeiro semestre com a escolha, trancou no semestre seguinte, pois o valor da mensalidade do curso ficou alto para seus padrões. “Eu estava muito feliz com o curso, mas estava desempregada e meu pai que estava pagando a faculdade. Depois de alguns problemas de família, tive que começar a trabalhar e não deu para conciliar com o curso”, diz a jovem.

De acordo com a pesquisa, o motivo de Priscila se assemelha com os motivos de muitas pessoas que trancaram ou não entraram na faculdade: trabalhavam, procuravam um emprego ou havia conseguido um que iria começar em breve com 39,7%. Em seguida, vêm os que não têm interesse em ingressar em uma universidade com 20,1%. E por último, os que tinham compromissos com afazeres domésticos ou de pessoas com 11,9%.

Os motivos relacionados ao mercado de trabalho foram mais frequentes entre os homens com 49,4% do que entre as mulheres com uma média de 28,9%.

Priscila alega que o fato da mensalidade da faculdade estar alta demais contribuiu para que fosse impossível a sua permanência no curso. “Imagina só, ter que arcar com um valor acima de 500 reais mensais. Para minha família isto é alto, infelizmente”, desabafou a jovem.

A falta de verba para pagar o curso ou as despesas do curso foi citada pela maioria das mulheres com 12%, em seguida pelos homens com 9%, sendo maior do que no ano de 2016 com 6,9% entre os homens e 8,8% entre as mulheres.

De acordo com a mesma pesquisa, apenas 15% da população do País têm o ensino superior completo.

Conteúdo Estadão




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