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Política • 19 set, 2018

Soraya Thronicke: “quero escanear o congresso nacional”


 A advogada Soraya Vieira Thronicke, de 47 anos, concorre ao Senado pelo PSL. É a única mulher na disputa pelo cargo entre 13 concorrentes.

Nesta segunda-feira, 17 de Setembro, ela concedeu entrevistas aos veículos da Rede MS. Soraya falou ao programa de rádio Noticidade, da FM Cidade 97,9,  ao Balanço Geral, da TV MS Record e ao portal Diário Digital. Soraya Thronicke está concorrendo a um cargo político pela primeira vez.

Ela despertou para a militância política nas manifestações de rua contra a corrupção, foi quando chamou atenção do PSL que a convidou para concorrer nas eleições. “Eu sou bem preparada em termos jurídicos. E para poder levar o nome de Jair Bolsonaro (candidato à presidência pela PSL) só concorrendo ao Senado”, mencionou a advogada. Natural de Dourados, Soraya é casada e tem uma filha.

A candidata tem como suplentes Rodolfo Oliveira Nogueira e Danny Fabrício Cabral Gomes, ambos do PSL. Se for eleita Senadora, Soraya promete trabalhar contra gastos excessivos e regalias no Poder Público, a começar pelo próprio Congresso Nacional, o qual ela pretende vasculhar em detalhes. “Vou escanear a administração do Congresso. É preciso saber tudo. Quantos são os cargos? Quantos funcionários? Quais os bens públicos?

A Casa Branca, nos EUA, funciona com 500 funcionários. Por que o Palácio do Planalto precisa de 3,3 mil?”, questiona. Soraya já tem elencados vários projetos que pretende apresentar como senadora. Um deles, trata de um novo momento de pagamento de salários aos presidiários. “Quero dividir em quatro partes. A primeira vai pagar o custo do detento no presídio. A segunda vai indenizar a vítima do crime que ele tenha cometido.

A terceira vai ser depositada em uma poupança. A quarta será destinada à pensão alimentícia caso ele tenha esta obrigação”, detalha. Soraya também promete uma atuação a favor das mulheres. “Vou defender as escolas de tempo integral. Essa é uma questão que poderá facilitar a vida das mulheres”, analisa.

Entre as propostas da candidata, aparece ainda a criação de um sistema de voucher (vales) nas áreas de educação e da saúde. “O voucher escolar poderia ser utilizado em colégios privados. O governo pagaria tudo ou uma parte da mensalidade dependo do caso (…). Isso não significa deixar de investir na escola pública, seria apenas uma opção para os brasileiros. Na área da saúde, o voucher valeria para utilização na rede privada”, detalha. Ao contrário de grande parte dos concorrentes ao Senado, Soraya defende a Reforma Trabalhista já implementada no País.

“Sou a favor porque criou mais liberdade de negociação”, analisa. Ainda em relação aos trabalhadores, a candidata pretende apresentar projeto de lei para dar liberdade na administração do FGTS. Ela quer ampliar as possibilidades de saque e dar ao trabalhador o poder de escolha em relação ao banco onde o dinheiro será depositado. “Meu objetivo é garantir que o trabalhador possa escolher em que instituição financeira ele quer que o FGTS seja depositado.  Aí, ele poderá optar por aquele banco que oferecer as melhores condições. Será uma escolha dele”, propõe.

Soraya também é defensora das privatizações das empresas estatais e de economia mista. “Sou totalmente a favor do estado mínimo. Mas, não sou radical neste aspecto das privatizações. Aquelas (estatais) que forem estratégicas podemos preservar. Agora, o estado precisa primeiro cumprir bem as obrigações básicas em saúde e educação”, acredita. Em relação à questão fundiária, a candidata quer tornar crime de terrorismo as invasões de propriedades. Ela também propõe inserir os índios na reforma agrária, de modo que eles adquiram a propriedade das terras e produzam.

Para ela, o Brasil já tem terras demarcadas em quantidades suficientes para os índios, sem a necessidade de novas demarcações. “Eles têm terras e continuam pobres. Só a terra não resolve. Meu projeto é inserir os índios na reforma agrária. Ele tem que passar a ser o dono da terra com título e tudo e administrá-la”, mencionou. Em campanha, Soraya defende Jair Bolsonaro, mas não tem qualquer candidato ao governo do Estado.

“O PSL não está apoiando ninguém. Na hora de votar vou escolher o menos pior”, explica. A rodada de entrevistas dos veículos da Rede MS com os postulantes ao Senado continua. Nesta terça-feira, 18 de Setembro, é a vez  de Sérgio Harfouche, que concorre pelo PSC, falar aos programas Noticidade, Balanço Geral e ao portal online Diário Digital. Todos os 13 candidatos a senador foram convidados a participar da rodada de entrevistas.

A ordem foi definida por sorteio em reunião com os representantes dos candidatos na sede da TV MS Record. O tempo e espaço dado aos concorrentes é o mesmo para todos, conforme as regras definidas pela casa.

Os postulantes falam por 15 minutos ao programa de rádio Noticidade a partir das 12h10 e também por 15 minutos ao programa de TV Balanço Geral a partir das 12h40. Por fim, o candidato concede entrevista ao Diário Digital sem tempo definido, mas com a garantia de mesmo destaque de capa a todos os participantes. Neste ano, estão em disputa duas vagas de senador. O primeiro turno das eleições está marcado para 7 de Outubro. E o segundo 28 de Outubro.

Diário Digital

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