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Artigos • 20 maio, 2025

A publicidade e as substâncias botânicas


(por Cláudio Henrique de Castro) –

Em recente decisão o Tribunal de Justiça Europeu reafirmou que é proibida a publicidade de alegações de saúde relativas a substâncias botânicas, salvo a sua comprovação científica.

O caso envolveu a empresa alemã Novel Nutriology que comercializa um suplemento alimentar que contém extratos de açafrão e de sumo de melão.

A publicidade alegava que esses extratos melhoravam o humor ou reduziam os sentimentos de estresse e de fadiga.

Uma associação profissional alemã entrou com uma ação contra a empresa no judiciário alemão, para que ela fosse proibida de utilizar tais alegações.

A vedação decorre do Regulamento 1924/2006, pois na União Europeia a utilização de alegações de saúde na publicidade em alimentos e suplementos alimentares é, em princípio, proibida, até que se comprove cientificamente sua propriedade.

O exame do produto e a autorização pela respectiva Comissão responsável visam garantir que uma alegação de saúde seja cientificamente fundamentada e, deste modo, proteja os consumidores e a saúde humana.

Assim as promessas de saúde relativas a substâncias botânicas não podem ser utilizadas para promover suplementos alimentares.

E no Brasil?

A publicidade de substâncias botânicas milagrosas para os mais variados tipos de curas, prevenções e fortalecimentos ósseos, mentais, musculares, sexuais e tudo mais são oferecidas com forte apelo comercial.

O público-alvo são os idosos e outros segmentos, com promoções imperdíveis, pagamentos por PIX, no cartão de crédito e expedientes que fisgam os consumidores.

E a comprovação científica? E se não ocorrerem os efeitos prometidos?

A indústria e o comércio lucram e ficam impunes.

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