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Artigos • 06 jun, 2025

Consumismo infantil


por Cláudio Henrique de Castro –

As marcas que exploram a vulnerabilidade das crianças fazem isso em nome de seus próprios interesses comerciais. O mercado vê o público infantil como consumidores em formação e potenciais influenciadores dos processos de compra da família.

Carros, roupas, alimentos, eletrodomésticos, enfim, quase tudo dentro de uma casa tem por trás o palpite das crianças. E elas ainda podem se tornar consumidoras fiéis da marca por toda a vida quando impactadas por anúncios na infância.

Por meio da publicidade infantil e outras formas de exploração comercial infantil, crianças estão sendo, cada vez mais cedo, chamadas a participar do universo adulto das relações de consumo sem que estejam efetivamente preparadas para isso.

Ou seja, muitas empresas ainda acham que desrespeitar a infância pode ser um negócio bastante lucrativo, que compensa os riscos e consequências a toda a sociedade.

Nove em cada dez pais são influenciados pelos filhos quando estão fazendo compras no supermercado (criançaeconsumo.org.br).

As consequências variam entre: impactos no meio ambiente, com uma nova poluição de produtos descartáveis, a obesidade infantil pela ingestão de ultraprocessados e outros, e o estresse familiar gerado em função de atender os pedidos de consumo da criança.

A ideia que só é possível ser feliz ou ser legal consumindo determinado produto ou serviço pode ser estimulada de forma indevida por propagandas. Isto retira da infância e da adolescência o seu pleno desenvolvimento, criando a dependência ao mercado consumidor.

O art. 39 do Código de Defesa do Consumidor, proíbe que o fornecedor de produtos e serviços que se prevaleça da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços.




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