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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 28 mar, 2025

Em defesa da anistia


Cláudio Henrique de Castro –

O Estado tem o dever que analisar as situações que afetam as pessoas
de forma injusta e em desacordo com o direito.
Por exemplo, os encargos e justos praticados pelo mercado financeiro
brasileiro, os maiores do mundo.

Os juros do cartão de crédito rotativo em 450,5% ao ano, situação que
demonstra um enriquecimento sem causa, considerando o valor do trabalho e a
descontrolada ciranda financeira.
Igualmente os juros do limite de crédito, o chamado cheque especial,
que possui a média anual de 150,6% e do empréstimo pessoal de 153,17%
(Procon SP).

Para corrigir essa injustiça: anistia dos juros escorchantes e abusivos.
Outra situação corriqueira com a privatização de energia e da água e
esgoto, que geraram a elevação descontrolada das tarifas e a redução da
qualidade dos serviços, com interrupção no fornecimento de energia elétrica,
com picos de energia que queimam e danificam eletrodomésticos, e a falta de
abastecimento de água para lavar alimentos, banhar-se e tudo mais.

Muitos consumidores não sabem que podem pedir a redução da conta e
até a sua não cobrança dependendo da situação de corte de abastecimento.
Nestes casos; anistia para a cobrança dessas faturas, inclusive pela má
qualidade na prestação do serviço ou pela sua interrupção.

No caso de multas de trânsito, com o crescimento da indústria das
multas nas cidades brasileiras, em ruas com sinalização inadequada, radares
meramente para captar multas e verdadeiras armadilhas para os condutores.
Anistia da cobrança dessas multas, maliciosamente aplicadas.

Aos pequenos produtores rurais e aos micros e médios empresários que
tiveram seus negócios abalados pela pandemia com a redução drástica nos
negócios.
Nas cidades afetadas por enchentes decorrentes da mudança climática.
Anistia para a cobrança de tributos nesses períodos.

Finalmente, no caso de famílias, que durante ou após a pandemia da
Covid 19, tiveram suas vidas financeiras arrasadas, em decorrência do
desemprego e para contratação de empréstimos para sobreviverem.
Anistia para essas dívidas, em decorrência do direito constitucional à
vida e à saúde pública.




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