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Artigos • 20 maio, 2022

OS PEDÁGIOS – PARTE I


(Cláudio Henrique de Castro) –

A força econômica das concessionárias de pedágios é tamanha, que mesmo sem
existirem, os futuros contratos já foram reajustados. Isso aconteceu nos contratos da
futura modelagem.

É para o “equilíbrio” dos futuros contratos…
Se o debate fosse realmente democrático, deveria passar por um plebiscito para
ouvir o povo, para saber se a população quer optar, por exemplo, por um pedágio
público, isto é, administrado pelo DER e pelo DNIT ou rejeitar a ideia por completo, de
privatização das estradas.

Para promover a expansão do sistema em novas praças, vem a promessa de
sempre: as tarifas serão reduzidas. Será?
Outra coisa: não há discussão quanto a mobilidade do fluxo dos veículos.
Prova disso é que há grande variação de velocidades nas estradas.
Não temos uma velocidade constante e uniforme e ainda, as reduções de
velocidade são repentinas e não seguem a mínima técnica de trafegabilidade.

O mesmo acontece nas capitais que estão implantado a indústria das multas dos
radares. Essa variação de velocidades nas vias causa confusão, insegurança e riscos aos
motoristas, mas eleva a arrecadação com as multas!
Resumo da ópera: uma colcha de retalhos de velocidades nas cidades e nas
estradas.

A recente Nota Técnica da ANTT, expõe o caos dessa redução.
A nota diz que: “a solução proposta não está isenta de problemas ou
desvantagens, podendo gerar uma "colcha de retalhos" de velocidades diretrizes
diferentes ao usar os valores enviados pela estruturadora, o que não representaria o
cenário ideal. A variação excessiva de velocidade gera riscos e insegurança aos
usuários. Além disso, nota-se diversos valores da ordem de 50, 60, ou 70km/h,
chegando até a 40km/h em situações pontuais (…).

Essas diferentes velocidades exigirão da concessionária futura a
homogeneização da velocidade regulamentada em trechos maiores, a fim de garantir um
"padrão adequado de transição de velocidades", como pede o Manual do DNIT e a boa
prática. Nesse caso, a velocidade seria nivelada por baixo e aí teríamos situações em que
a concessionária poderia se ver incentivada a propor soluções de geometria aquém das
orçadas no MEF (considerando que a estruturadora usou a velocidade diretriz levantada
por ela para cada trecho).”

Traduzindo: a velocidade, nos futuros trechos de pedágios, será reduzida, o que
ocasionará mais tempo de tráfego e rodagem, mais custos para os motoristas e para a
produção, e o principal, mais lucros para os tubarões dos pedágios.

Tudo isso, sem ouvir o povo, que sempre é tungado e paga a conta.




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