Campo Grande, 14/06/2025 19:20

Blog do Manoel Afonso

Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

Cultura

Cultura • 07 jun, 2025

100 ótimos livros de crônicas do século 21


(da Rubem, revista da crônica) –

Recentemente, a Folha de São Paulo realizou uma pesquisa para eleger o que seriam os “25 melhores livros de literatura brasileira do século 21”. Entre os escolhidos, não havia nem um único livro de crônicas (é possível que sequer tenham sido citados por alguém). O resultado não espanta, pois é mesmo muito conhecida a desvalorização da crônica no meio literário e acadêmico, a despeito de iniciativas individuais.

Como a RUBEM acredita que havia, sim, livros de crônicas capazes de ombrear com livros de outros gêneros que apareceram nessa lista, decidiu-se fazer outra lista, não de 25, mas de 100 livros de crônicas feitos no século 21. Evitou-se chamar essa lista de “os melhores”, pois, como toda lista, esta também é subjetiva. Mesmo assim, recomenda-se de fato a leitura dos livros da lista, que buscou oferecer um panorama mais amplo da crônica.

A ordem dos livros é meramente alfabética, justamente para evitar a “competição” entre livros, considerando que não é um ranking dos melhores. Para a foto que ilustra a postagem, buscou-se selecionar alguns cronistas representativos do século 21, mas que talvez ainda não sejam celebrados como merecem: na ordem, estão Fabrício Corsaletti, Tati Bernardi, Cidinha da Silva, José Falero, Taylane Cruz e Luís Henrique Pellanda.

Houve alguns critérios para a escolha dos livros: nenhum autor poderia aparecer duas vezes, e os livros precisariam ser autorais, isto é, não seriam consideradas as antologias com vários cronistas. Além disso, evitou-se selecionar antologias feitas com crônicas do século anterior ao 21. Não só os livros aqui listados foram publicados no século 21, mas as próprias crônicas foram escritas por cronistas ativos neste século.

Evidentemente, como em toda lista, há espaço para controvérsias. Reforce-se, em todo caso, que esta é apenas uma mostra de livros ótimos que já foram publicados no século 21, e que ela pode ser modificada com o passar dos anos. Em todo caso, vale a pena procurar ler cada um deles!.

100 ótimos livros de crônicas do século 21 

1. “1929”, Rafael Fava Belúzio
2. “A arte de querer bem”, Ruy Castro
3. “A faxineira mais bem paga do Bonfim”, Nathallia Protazio
4. “A índole dos cactos”, Tiago Germano
5. “A lua na caixa d’água”, Marcelo Moutinho
6. “A teoria da felicidade”, Kátia Borges
7. “A última madrugada”, J. P. Cuenca
8. “A vida ao redor”, Maria Esther Maciel
9. “A vida que ninguém vê”, Eliane Brum
10. “Admirável mundo velho!”, Alberto Villas
11. “Agora eu era”, Cláudia Laitano
12. “Água para as visitas”, Marina Moraes
13. “Alma mais que tudo”, Cyro de Mattos
14. “As velhinhas de Copacabana”, David Coimbra
15. “Asa de sereia”, Luís Henrique Pellanda
16. “Baile de máscaras”, Rosiska Darcy de Oliveira
17. “Brincadeira sem futuro”, Ricardo Terto
18. “Certos homens”, Ivan Ângelo
19. “Chéri à Paris”, Daniel Cariello
20. “Clássicos de mim mesmo”, Carlos Castelo
21. “Comédias brasileiras de verão”, Luis Fernando Verissimo
22. “Conheço duas formas de acabar com a vida que são tiro e queda”, Arzírio Cardoso
23. “Conversas cariocas”, Martinho da Vila
24. “Conversas sobre política”, Rubem Alves
25. “Crônicas de pai”, Leo Aversa
26. “Crônicas de São Paulo”, Daniel Munduruku
27. “Crônicas do (re)descobrimento”, Marcelo Tacuchian
28. “Crônicas para guardar”, Danuza Leão
29. “Cronista de um tempo ruim”, Ferréz
30. “Curinga”, Fabrício Carpinejar
31. “Depois a louca sou eu”, Tati Bernardi
32. “Dente-de-leão”, Sacolinha
33. “Deus criou primeiro um tatu”, Yvonne Miller
34. “Diário do Bolso”, José Roberto Torero
35. “Dias de feira”, Júlio Bernardo
36. “Disse não disse”, João Emanuel Carneiro
37. “Doida pra escrever”, Ana Elisa Ribeiro
38. “E, no princípio, ela veio”, Bruno de Castro
39. “Ela me dá capim e eu zurro”, Fabrício Corsaletti
40. “Encaramujado”, Antonio Lino
41. “Entre imagens para guardar”, Mariana Ianelli
42. “Esse inferno vai acabar”, Humberto Werneck
43. “Feliz por nada”, Martha Medeiros
44. “Histórias ao redor”, Flávio Carneiro
45. “Hoje não vou falar de amor”, Rubem Penz
46. “Labirinto de nomes”, Elyandria Silva
47. “Lembremos do futuro”, Julián Fuks
48. “Literatura, pão e poesia”, Sérgio Vaz
49. “Mas em que mundo tu vive?”, José Falero
50. “Mas você vai sozinha?”, Gaía Passarelli
51. “Meio intelectual, meio de esquerda”, Antonio Prata
52. “Ninguém em casa”, Luiz Ruffato
53. “Nunca subestime uma mulherzinha”, Fernanda Takai
54. “O acaso abre portas”, Luís Giffoni
55. “O afinador de passarinhos”, Gil Perini
56. “O bichano experimental”, Alexandre Brandão
57. “O corpo encantado das ruas”, Luiz Antônio Simas
58. “O cheirinho do amor”, Reinaldo Moraes
59. “O espantoso nisso tudo”, Cássio Zanatta
60. “O gato na árvore”, Marco Antonio Martire
61. “O livro das coisas verdadeiras”, Pedro Gonzaga
62. “O louco de palestra”, Vanessa Barbara
63. “O luar e a rainha”, Ivan Lessa
64. “O mel de Ocara”, Ignácio de Loyola Brandão
65. “O rei da noite”, João Ubaldo Ribeiro
66. “Ódio, raiva, ira e outros prazeres diários”, Mentor Neto
67. “Os machões dançaram”, Xico Sá
68. “Pacientes que curam”, Júlia Rocha
69. “Para a hora do coração na mão”, Taylane Cruz
70. “Para diminuir a febre de sentir”, Dalva Maria Soares
71. “Partes íntimas”, Cláudia Tajes
72. “Pelo buraco da fechadura eu vi um baile de debutantes”, Mário Prata
73. “Pequenices”, Domingos Pellegrini
74. “Pequenos delitos e outras crônicas”, Walcyr Carrasco
75. “Put some farofa”, Gregório Duvivier
76. “Quando me descobri negra”, Bianca Santana
77. “Quase um segundo”, Ana Laura Nahas
78. “Que presente te dar?”, Affonso Romano de Sant’Anna
79. “Quem me dera quedas d’água”, Helena Silvestre
80. “Reforma na Paulista e um coração pisado”, Elisa Andrade Buzzo
81. “Resmungos”, Ferreira Gullar
82. “Rio em shamas”, Anderson França
83. “Rua do escritor”, Henrique Rodrigues
84. “Semvergonho”, Tiago Maria
85. “Sete anos”, Fernanda Torres
86. “Sobre-viventes”, Cidinha da Silva
87. “Sobreviventes do verão”, Guilherme Tauil
88. “Som das conchas”, Madô Martins
89. “Ter a escrita”, Andressa Barichello
90. “Transfer”, Kevin Kraus
91. “Trinta e oito e meio”, Maria Ribeiro
92. “Tubarão com a faca nas costas”, Cezar Dias
93. “Tudo tem uma primeira vez”, Mariana Kalil
94. “Último ato”, Natália Sartor de Moraes
95. “Um dia ainda vamos rir de tudo isso”, Ruth Manus
96. “Um operário em férias”, Cristóvão Tezza
97. “Um pé lá, outro cá”, Anthony Almeida
98. “Um solitário à espreita”, Milton Hatoum
99. “Uma estranha na cidade”, Carol Bensimon
100. “Vivendo em voz alta” Miguel Falabella
.




Deixe seu comentário