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Artes • 04 jul, 2021

BUGIGANGAS ESCOLARES (FRAGA)


Eu sou do tempo em que os alunos matavam as aulas, e não o contrário.

A melhor maneira de absorver noções de anatomia é através de um bom atlas
científico, nunca por meio de facadas ou balas perdidas.

A dor ensina a gemer, mas agora, com tantos e feridos diariamente nas escolas, chegou-se à pós-graduação.

De todas as armas que os jovens podem levar para as salas de aula, a mais perigosa
de todas, fornecida pelos pais, é a prepotência.

Uma coisa é um aluno “apanhar” de uma matéria mais difícil para ele; outra bem
diferente é um professor apanhar de um aluno.

Muros e grades e não impedem que a violência entre na escola. Afinal, ela
já está matriculada lá, onde também muitas vezes leciona.

Entre a Academia Brasileira de Letras e as academias de artes marciais, o coração
do estudante não balança.

Segundo a sociedade, pôr alunos de castigo contradiz os direitos humanos.
Segundo o Estado, aviltar os salários dos professores não é nenhuma contradição.

O autoritarismo prejudica o aprendizado. A falta de autoridade faz mal ao ensino.

Se não fosse a merenda escolar diária, a evasão seria maior; se não fossem
as invasões cotidianas, o pesadelo seria menor.

Neste momento delicado, a pedagogia e a didática podem e devem ser questionadas.
Claro, sem nenhuma lâmpada acesa na cara delas ou um delegado interrogando.

Claro que conhecimento e cultura não salvam a pátria. Mas pelo menos fariam
menos vítimas que a ignorância e a falta de educação.

Enquanto não se discutir as mazelas da educação nacional, as discussões entre
o corpo docente e o corpo discente vão ser sempre resolvidas no corpo-a-corpo.

Etc.

( Fonte –  Blog do Zé Beto)

 




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