(por Carlos Castelo) – 

O Brasil deve ser o único país do mundo em que, ao ser eleito, um presidente já começa a pensar na reeleição. De 2019 para cá, o processo não foi diferente. A sensação de intoxicação eleitoral, nos últimos quatro anos, esteve insuportável. O que dizer então da reta final? Nas derradeiras semanas postei dezenas de máximas sobre o embate entre Lula e Bolsonaro. Esta é uma pequena antologia do que saiu em minhas redes sociais e nas publicações onde colaboro.

É preciso amar as pessoas como se não houvesse eleição.
A dívida interna nos governa há três anos e sete trilhões de reais.
Não é nada inteligente perder o pudor de ser burro
Errar é humano. Fazer arminha é miliciano.
Brasil. Arme-o ou deixe-o.
Se o maior problema do Brasil fosse o banheiro unissex, o país não estaria descendo pela descarga.
Não confunda democracia com demoniocracia.
Restaure-se a moralidade ou pedofilemo-nos todos.
Inteligência voltada para o mal é terrível. Agora, imagine burrice.
Uma mentira dita mil vezes se torna uma mentira com lesão por esforço repetitivo.
A definição de imbecil foi atualizada. É aquele que acredita em tudo o que vê nas redes sociais.
O presidente chegou. Tirem as crianças da sala.Quando acabarem as eleições sofreremos de abstinência por falta de descaramento nas redes sociais.
Um dia, ainda nos lembraremos de 2022. Nos pesadelos.
Hoje, Darwin escreveria a Teoria da Involução.
Nosso povo tem dois grandes inimigos: um é a falta de memória, o outro me esqueci.
Depois do padre de festa junina, o juiz de paz da roça chegou à quadrilha.
O Brasil não tem terremoto, maremoto, vulcão. Mas tem Orçamento Secreto.
A medicina brasileira fez uma grande descoberta em 2022: a loucura é contagiosa.
Dinheiro fala, dinheiro público discursa.
Uma campanha começa a perder o norte quando perde o Nordeste.
Padaria artesanal, açougue gourmet, empório vegano. Só falta governo sustentável.
A vingança é uma lata de leite Moça que se come fria.
Foi uma campanha presidencial sem balas de prata, mas com 50 balas de fuzil.
Ganhou por causa da facada, perdeu por causa dos tiros.
Os mentirosos adoram se unir uns aos outros.
Golpeamos o golpista.

*Publicado no Estadão