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Artigos • 27 out, 2021

A ESTIGMATIZAÇÃO DOS IDOSOS


Estígma Social é uma forte desaprovação de características ou crenças
pessoais, que vão contra normas culturais. Estígmas Sociais, frequente-
mente levam à marginalização. Para a Sociologia, num sentido
contemporâneo, o estigma também pode ser conceituado como uma
marca objetiva que recebe uma valoração social negativa.

A Constituição é a Lei máxima de um país, à qual todas as outras leis
devem ajustar-se. Elaborada e votada por um congresso de represen-
tantes do povo, rege a vida da nação e regula as relações entre gover-
nantes e governados, traçando limites entre os poderes e declarando os
direitos e garantias individuais e sociais da população.

A nossa Constituição promulgada em 1988, assegura a todos os brasilei-
ros e brasileiras os direitos básicos, como a garantia da vida, da liberdade,
da igualdade, do acesso a justiça e à educação, independentemente de
suas crenças ou etnias. É importante ressaltar que o Estatuto do Idoso cri-
ado pela Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, reconhece como idoso,
uma pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

A OMS, Organização Mundial de Saúde, vinculada a ONU, e, por intermé-
dio dos grupos de ciência e tecnologia do órgão, reconhece que a vida útil
do ser humano, foi otimizada, sendo elevada para 73 anos, em países com
o IDH (Índice do desenvolvimento Humano) mais considerados, incluindo-
se o Brasil. Fato esse motivado pela conscientização dos gestores públicos
e pela ciência médica, no desenvolvimento de métodos de vida saudável.

É lamentável, porém, temos que reconhecer que em nosso país, a vida dos
idosos, apesar da legislação vigente, não tem sido nada fácil. A começar
pela obtenção de crédito no sistema bancário oficial. Muito embora a
idade seja um acúmulo de experiências, essa categoria de homens e mu-
lheres em pleno gozo de saúde física e mental, encontram dificuldades
para atuar em determinados segmentos econômicos e sociais, numa visí-
vel demonstração de estigmatização.
Mentes brilhantes descartadas e desrespeitadas, muito diferente do que
assistimos em relação ao povo japonês, onde os idosos são tratados com

muito carinho, respeito e consideração, e são venerados como
conselheiros governamentais, empresariais de alta tecnologia, empres-
tando todo o seu conhecimento adquirido em sua vida laborial! O atual
momento é oportuno a uma reflexão profunda para com esse tema.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista




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