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Artigos • 11 out, 2021

Alternativa democrática e novos rumos


 ( por Marcus Pestana) – Não passou desapercebido o seminário “Um novo rumo para o Brasil”, promovido pelos partidos Cidadania, Democratas, MDB e PSDB. Sobretudo, porque a mesa de abertura contou com a participação do ex-presidente do STF e ex-ministro Nelson Jobim, e dos ex-presidentes da República Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Michel Temer, que em uníssono defenderam a democracia brasileira, a Constituição e as instituições republicanas em contraposição a setores que imaginam uma virada de mesa.

Foi quase uma ousadia a organização do seminário em tempos de redes sociais. A nova cultura social e política instalada com a revolução da internet e suas redes leva as pessoas a se expressarem em 280 toques do Twitter ou em gravações de 30 segundos no Youtube, Facebook, TikTok ou Instagram e implica em imensa dificuldade para a discussão de temas complexos de forma profunda, exigindo formulação qualificada de diagnósticos e alternativas.

E ficou cristalino que a construção de uma alternativa do polo democrático não é mero capricho político ou manifestação de idiossincrasias pessoais contra outros candidatos, mas o preenchimento necessário de um espaço que encontra eco na sociedade.

Na política, uma alternativa que não namore com aventuras autoritárias, golpes, controles da imprensa, elogios a ditaduras ou ameaça às instituições. Na economia, uma posição que encontre um equilíbrio entre a visão ingênua de deixar tudo com o mercado, mas que também calibre corretamente o papel do Estado, os estímulos ao crescimento econômico e à distribuição de renda sem comprometer a responsabilidade fiscal. Na educação, uma proposta que se contraponha a ideologização da escola, mas também supere o corporativismo, promovendo a qualidade, a avaliação e novas formas de organização da política educacional. Na saúde, a modernização do SUS e a construção de parcerias para bem atender a população.

Na segurança, nem a lógica da violência estatal desmedida, onde “bandido bom é bandido morto” e “vamos armar a população”, mas que não se perca na defesa vazia de teses que fragilizam o combate ao crime organizado. No meio ambiente, a superação da armadilha da contraposição mecânica entre crescimento econômico e defesa ambiental, construindo uma visão moderna e contemporânea de desenvolvimento sustentável. Também uma postura que seja eficiente no combate às desigualdades e à discriminação às mulheres, aos negros, à comunidade LGBT+ e religiosa. Nas relações externas, nem o alinhamento ideológico às “teses trumpistas” e nem um terceiro-mundismo fora de época. ( FONTE – CONGRESSO EM FOCO)




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