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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 07 jan, 2020

A crise no Oriente Médio é perigo mundial


As potências mundiais têm se movimentado rapidamente no sentido de
conter a escalada bélica que pode sim ficar fora de controle e caminhar
para uma guerra mundial, cujas consequências trágicas registradas pela
história recente, podem ultrapassar em muito, o número de vítimas em
função da quantidade e qualidade dos armamentos bélicos fabricados e
desenvolvidos com alta tecnologia que podem, a milhares de quilômetros
atingir com precisão os alvos desejados.

O acontecimento recente, onde os Estados Unidos em uma operação de
inteligência bem sucedida, eliminou o general iraniano Qassim Suleinami
que se encontrava em Bagda, capital do Iraque, reacendeu o estopim que
aparentemente estava desativado. Sob a alegação de combater o terror
na região do oriente médio, o presidente americano Donald Trump tomou
a decisão e autorizou a perigosa missão de eliminar o militar que segundo
o serviço secreto americano, comandava o terrorismo.

Contudo, não podemos ignorar que tanto o Irã como o Iraque são grandes
produtores e exportadores de petróleo para o mundo, e o caminho para o
escoamento do precioso líquido, é o estreito de Ormuz dominado pelos
dois países, cuja navegabilidade pode ser comparado a um verdadeiro e
perigoso alçapão. Na minha visão, o alegado terrorismo, foge daquilo que
se convencionou denominar uma situação conflitante, mas que, por traz
dessa contenda, está simplesmente a força do poder pelo dinheiro que o
petróleo representa.

As antigas enciclopédias registram que por volta do ano de 221 A.C. os
chineses teriam descoberto o petróleo, quando perfuravam a terra em
busca do sal, quando, percebendo sua combustibilidade, passaram a
aproveitá-lo na forma bruta, para iluminação. Os islamitas que se estabe-
leceram em Baku, formando ali um pequeno principado, começaram a
refiná-lo de maneira rudimentar, através de um elementar sistema de
distilação. A notícia correu o mundo, e hoje, toodo o Planeta Terra está
sob a dependência do precioso líquido.

Não é de hoje que a crise do petróleo perturba a economia mundial, é
uma atividade muito sensível, pois, suas operações envolvem bilhãos de
dólares diariamente, por isso mesmo, as Bolsas de Valores do Mundo todo
sofrem fortes oscilações pelas variações das ações das companhias petro-
líferas, sempre bem valorizadas, motivo pelo qual não acreditamos que
fatores ideológicos ou religiosos possam interferir nesse processo onde o
dinheiro fala mais alto.

O perigo de uma guerra é real, mas, podem acreditar, além da força do
petróleo, existe também, a poderosa indústria armamentística sempre
atual e com estoques de armas letais estocadas, e de maneira rápida
quanto o pedido e entrega aos países interessados. O que está em jogo
na realidade, são os dólares representados pelos petrodólares. Em sã
consciência, acredito que ninguém deseja uma guerra, pois, ninguém
pode prever qual seria o seu resultado.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista




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