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Artigos • 10 ago, 2021

DESIGUALDADE ENTRE AS NAÇÕES


( Luiz Carlos Da Cunha ) –

 

O desnível econômico entre indivíduos se mostra também entre nações, ainda que estas se pautem pela economia capitalista, de mercado. A desigualdade acontece na religião, cultura, tradições. Pode-se constatar que o sistema de produção e distribuição da riqueza capitalista, integra e confronta as nações com diferentes regimes políticos e religiosos, pois são governados pela concorrência. Sob a concorrência, há disputa pacífica ou bélica, de acordo com as circunstâncias.  Penso que ainda há um largo espaço para o desenvolvimento capitalista, como sua crescente abrangência tem se mostrando desde a metade do século XX.  Provam-no acontecimentos como a ruína da URSS, o salto econômico em quatro décadas da China. O conservadorismo islâmico do Irã e da Arábia Saudita estão engranzados na economia mundial pelo capitalismo, num desprezo olímpico dos versículos maometanos quando se trata de negócios.

Nesta constatação quero enfatizar que estes países financiam o terrorismo de Al Qaeda e Talebã, cujas ações criminosas feriram o ocidente, e agora se faz sentir no Afeganistão. Salvo o Egito islâmico e secular implantado pelos militares, o resto (sem ofender) são teocracias; por razões outras USA e Rússia e China contornam as contradições em benefício de interesses nacionais no tapete geopolítico. Eis onde desejava chegar: o desnível econômico de nações. Veja-se a África – um amontoado de países desenhados na geografia pelo colonialismo – ronceia no pré-capitalismo e na pobreza. O extremo Oriente vem a largos passos enriquecendo há cinco décadas.

As teocracias se consolidam pelo fanatismo da crença, e elas permanecem fieis aos preceitos islâmicos de subjugar pela força as nações descrentes. Exibem a modernidade na arquitetura estirada na altura de mil metros em meio de população onde a mulher é mascarada sob a chibata do fiscal religioso. A legitimidade desta autoridade se atribui à divindade. Toda realeza precisa de deus para se proteger. Precisa inculcar a crença popular no deus que lhe garante a estabilidade do desnível de renda e a submissão moral e política da população. Os sistemas políticos ateus, herança comunista, recorrem às múmias dos ditadores embalsamados, feitos substitutos da divindade. A Coreia do Norte é um caso cômico: seu fundador morto   continua presidente vitalício; o país inventou o primeiro caso de necrocracia.

Parece que a linha divisória do confronto dentro do bojo capitalista, cindirá o mundo: o islamismo paupérrimo de África e Oriente Médio em migração ameaçadora e a civilização rica dos infiéis orientais e ocidentais unindo  China, Rússia e EEUU.




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