Enquanto isso, Lula blogueirinho convida seguidores a caminhar e exibe jabutis

Está tudo muito caro. Não há conversa em que o custo de vida não seja tema. Da direita à esquerda, nas camadas menos ou mais favorecidas, o assunto inevitavelmente aparece porque está tudo muito caro, mesmo.

O supermercado, o chopinho, o queijo coalho na praia, a gasolina, a mensalidade da escola. Picanha, nem pensar. Antes de Lula ter a brilhante ideia de sugerir boicote a produtos para que os preços caiam, a população já o fazia. A realidade se impõe. Tem sobrado muito mês no salário do cidadão.

A oposição nem poderia fazer gracinha com boné para reivindicar “comida barata novamente” porque não é de hoje que o brasileiro tem se autoboicotado e deixado de comer e de viver como gostaria. Mas de estratégia os opositores entendem e se aproveitam para pregar a falácia do passado idílico, ancorados na insatisfação do presente.

Nos bastidores, a briga sobre a gerência das redes do mandatário continua. Resta saber quem vai controlar a boca de Lula. Não adianta mudar a comunicação, postar vídeos com crianças fofinhas (dois na última semana), divulgar bons dados de crescimento, desemprego e chantagear críticos com a ameaça de que assim o Bolsonaro volta se o real continua escorrendo pelo bolso do trabalhador.

Na segunda, Lula blogueirinho apareceu de roupa esportiva e convidou seus seguidores para caminhar e cuidar da saúde. Boa estratégia para sinalizar o vigor necessário para 2026, e mais adequado do que dizer que está com “tesão de 20”.

Mas a audiência foi, digamos, espirituosa: “O tênis tá caro, não comprei”.