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Artigos • 21 jan, 2020

Lula quer o PT participando da mercantilização da fé


Deu no Painel Político da edição dominical da Folha de S. Paulo:

“A pedido do ex-presidente Lula, o PT está criando núcleos evangélicos nos estados para tentar acessar essa fatia do eleitorado fiel a Jair Bolsonaro. Assim que deixou a prisão em Curitiba, o petista disse a aliados que o partido precisava ‘aprender com os pastores’. Segundo relatos, Lula disse que ‘eles falam bem e o que as pessoas querem ouvir’.

A avaliação de petistas é que conversas com as cúpulas das igrejas estão fadadas ao fracasso —a maioria se alinhou a Bolsonaro. Mas é possível abrir diálogo com as bases. Eles creem que há espaço para mostrar aos evangélicos, principalmente aos que vivem nas periferias, que há valores em comum com a sigla”.

O PT pode ter valores em comum com esses vendilhões do templo que mesmerizam os desesperados, arrancando até seu último centavo e incutindo-lhes o culto ao bezerro de ouro.

Lula, formado na ambiência do coronelismo nordestino e reformatado pelo sindicalismo de resultados do 1º mundo, é um populista nato e um reformista convicto.

Então, depois de domesticar o PT, minando sua combatividade e solapando a moral revolucionária que teria evitado os mares de lama catastróficos para o partido, agora acredita que a volta por cima exija a equiparação com as mais sórdidas alianças firmadas pelo inimigo de classe.

Não, a esquerda terá de se reconstruir sem dízimos e sem boquinhas, porque precisa, acima de tudo, recuperar a credibilidade que os conciliadores de classe jogaram no lixo, levando o povo a crer que os políticos, sem exceção, sejam todos farinha do mesmo saco.

Por Celso Lungaretti – Congresso em Foco




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