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Opinião e atitude no Mato Grosso do Sul

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Artigos • 23 jun, 2023

O LAGO DO AMOR ESTÁ MORRENDO


Os campo-grandenses devem se mobilizar com a finalidade de salvar o
Lago do Amor, um dos cartões de visitas de nossa capital, a nossa querida
Cidade Morena, admirada pelos seus moradores, mas, principalmente
pelos visitantes do país e do exterior. A matéria publicada na edição de
hoje, 18/03/2019 no Correio do Estado, expõe claramente a preocupação
em relação aos dois lagos ainda existentes, mas que agoniza a olhos vistos
simplesmente pela falta de manutenção, e porque não dizer, pelo descaso
com que são tratados. O lago do Radio Clube Campo, que embelezava e
encantava aquela região, sucumbiu; faltou sensibilidade para que pudesse
salvá-lo, a solução encontrada, foi sacrificá-lo. Lamentável.

A começar por sua denominação, o Lago do Amor sempre exerceu um
fascínio à milhares de pessoas que diariamente transitam por aquela
região, como os estudantes, os funcionários e professores da Universidade
Federal, não se cansam em admirar os encantos que a natureza proporcio-
na, como as plantas aquáticas, as aves, as magníficas capivaras que ali
procriam, e que atraem as atenções de todos, principalmente das
crianças, pois, se trata de uma visão atípica, uma mistura de cidade com a
vida selvagem que tocam a sensibilidade e a imaginação delas.

Contudo, esse belo cenário parece estar fadado a morte, pelo descaso
com que é tratado, senão vejamos, O Correio do Estado em sua edição de
14/09/2017, publicou um artigo intitulado O Lago do Amor Pede socorro,
porém, para nossos gestores tal matéria não teve a recepção que a
sociedade esperava, e, decorridos um ano e meio, nenhuma providência
foi tomada, ao menos para minimizar a situação. Slogan do tipo Vamos
Preservar o Meio Ambiente, são frequentemente vistos em placas
publicitárias oficiais, porém, sem sentido prático, e como se estivessem
administrando um patrimônio particular, e não um bem público que corre
o risco de sucumbir.

Está passando da hora da sociedade se mobilizar, O Corpo Docente da
Universidade Federal, os estudantes, os funcionários, as organizações
representativas de toda a classe trabalhadora, A Câmara de Vereadores
que abriga os representantes do povo, as Igrejas, unidos, devem levantar

em uníssono a nossa voz em defesa dos patrimônios que nos pertencem,
mas que estão tristemente abandonados. Aos nossos estudantes nosso
apelo para salvar o meio ambiente como um todo, pois, a vida das aves,
repteis, peixes e outros animais, correm risco de extinção.

A imprensa merecidamente conhecida como o Quarto Poder, tem feito a
sua parte, abrindo espaços para quem se interessa em manifestar, e com
isso, estará ajudando não apenas a nossa cidade, como também, acreditar
que a democracia é o regime do povo, que contribui e paga seus impostos
mas que também tem o direito de exigir o retorno desse investimento, e,
portanto, aqueles que foram eleitos pelo voto popular têm que entender
que devem satisfação à população, pois, o voto nada mais é do que uma
procuração outorgada à alguém que se propôs a bem representá-lo com
dignidade.

Partindo do princípio de que a união faz a força, a comunidade universitá-
ria do entorno do Lago do Amor, têm condições de sobra para prover tão
importante cartão postal, dos meios necessários para a operação de sal-
vamento, basta vontade e coragem para pressionar a quem de direito tem
a obrigação de zelar por toda a comunidade. Tenho absoluta certeza de
que o envolvimento de todos, seria a maneira de provar o amor a nossa
tão decantada e querida Cidade Morena.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista




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