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Artigos • 21 nov, 2022

O PRENÚNCIO DO VERÃO


 ( Luiz Carlos Amorim) – A primavera chega ao fim e o verão chega, inclemente. O calor está aumentando, as chuvas não é tão presente e meus pés de couve já morreram todos.  Mas não pense que por causa do fim da primavera, as flores acabam: o jacatirão nativo já explodiu em cores. No norte do Estado de Santa Catarina, vi as matas à beira das rodovias em Joinville, São Francisco, Joinville, Corupá, Jaraguá do Sul, ponteadas por várias ilhas de vermelho. São os pés de jacatirão nativo, que começaram a florescer no início deste mês de novembro e vão até janeiro, quiçá fevereiro, espalhando matizes de vermelho e vinho por todos os caminhos, por encostas e montanhas desta terra abençoada da nossa Santa e bela Catarina.

É a natureza anunciando o verão, enfeitando nossos dias mais quentes e avisando que o Natal e o Ano Novo estão próximos. Que a festa maior da cristandade está chegando, que um Menino mágico vai nascer para nós mais uma vez e, por isso ela, a natureza, começa a festejar bem cedo, para que não esqueçamos de festejar também. Para que não esqueçamos de dar as boas vindas ao Menino que vem para o nosso renascimento.

A simplicidade e singeleza do jacatirão, que traduz toda a natureza que nos cerca, não lhe tiram a beleza e a importância de ser ele o arauto do Menino de Belém, que nos dá o supremo privilégio de nascer em nossos corações em mais este Natal.
Algumas pessoas, cegas de coração, olham mas não veem o jacatirão florido, a sua belíssima florescência. E é preciso olhar e ver. Nossos olhos, perdidos no dia a dia corrido e estressante, não conseguem ver mais beleza. E ela existe neste nosso planetinha azul que insistimos em desrespeitar, não cuidando direito dele. O jacatirão nativo é um grande exemplo, florescendo sem exigir nada em troca, a não ser um relance de nossos olhos.

Outras flores, apesar do calor escaldante que está chegando, também fazem companhia ao humilde e ao mesmo tempo majestoso jacatirão, nesta época do ano: o flamboiã, por  exemplo, buquês vermelhos colorindo nossos jardins e nossas praças. Então, unamo-nos a Mãe Natureza para prestar nosso tributo ao Menino que chega. Mais uma vez.

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 42 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br




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