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Artigos • 01 ago, 2021

Reajuste nos planos de saúde


(Cláudio Henrique de Castro ) –

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) anunciou o reajuste negativo para os
planos de saúde individuais, a medida atinge 18,7% dos consumidores.
O percentual ficou em -8,19%, o que significa que os usuários alcançados pela medida
pagarão mensalidades mais baratas a partir da data de aniversário do contrato.
Uma pesquisa elaborada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) com
dados das cinco operadoras com maior número de reclamações (Sul América, Bradesco Saúde,
Amil, Unimed Central Nacional e Unimed Rio) mostra que o reajuste médio para os planos
coletivos analisados foi de 11,28% em 2020.
A Unimed Rio, foi a operadora com maior índice de reajuste no ano de 2020, em
14,55%.
Os planos coletivos empresariais e por adesão não são regulados pela ANS e, nos
últimos anos, foram sendo priorizados pelas operadoras.
Os consumidores foram atraídos pelos valores de entrada mais baixos e com cada vez
menos opções dos planos individuais.
Assim os planos coletivos se tornaram verdadeiras arapucas contratuais, repletos de
irregularidades, e com a omissão da fiscalização da ANS.
O Procon-SP ajuizou ação civil pública contra as operadoras de planos de saúde, pelos
reajustes abusivos. As empresas que lideraram ranking são: Amil Assistência Médica
Internacional, Bradesco Seguros, Notre Dame Intermédica Saúde, Sul América e Qualicorp.
A publicação do percentual de reajuste máximo para este ano acontece quando
consumidores estão escravos da recomposição dos reajustes suspensos em 2020.
De acordo com simulações feitas pelo Idec, a cobrança retroativa e acumulada com os
reajustes por faixa etária provocou aumentos da ordem de 50% nas mensalidades.
A conta da pandemia, surgiram os reajustes abusivos que enriquecem as operadoras dos
convênios, com as benções e a contemplação da ANS.




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