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Economia

Economia • 07 mar, 2024

MS pede socorro federal após queda de 40% na colheita de soja


Pouca chuva e elevados custos de produção impactaram negativamente o agronegócio de Mato Grosso do Sul nesta safra

O governo estadual acionou o Ministério da Agricultura para pedir ajuda aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul. A solicitação em caráter de urgência foi feita diante do cenário negativo da atual safra de soja. As perdas neste ciclo produtivo devem chegar a 40% da receita com o grão no estado.

Na quarta-feira (6), governo do estado, Ministério da Agricultura e representantes de base do setor agropecuário se reuniram e debateram possíveis auxílios emergenciais ao setor.

De acordo com o governador Eduardo Riedel (PSDB), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, sinalizou que os setores de soja, milho e bovinocultura de corte e leite deverão ser atendidos com medidas de apoio. Há a expectativa de que a União é anuncie ações em 15 dias, antes do fim da colheita da safra de grãos, para minimizar impactos do clima e do mercado na produção agropecuária neste ano.

“Queremos viabilizar um apoio ao produtor rural nesse momento difícil, e o ministro Fávaro nos passou em primeira mão agora todas as ações que estão sendo feitas pelos setores produtivos, pelos governos, pelo Ministério da Agricultura para encontrar estratégias e alternativas. Duas grandes soluções estão na mesa. Não são definitivas, mas ajudam o produtor nesse momento”, destacou o governador.

Em Mato Grosso do Sul, cerca de 4,2 milhões de hectares de soja foram produzidas neste ciclo. A estimativa é que a produção renda 54 sacas por hectare. Porém, a alta dos custos de produção e a estiagem fez com que agricultores de todo estado colhessem menos do que havia sido previsto.

Representantes do setor alegaram que este cenário tem provocado grandes perdas na receita e endividamento entre produtores rurais. Na seleção de pedidos ao governo federal, produtores esperam pelas seguintes medidas:

Prorrogação de parcelas de investimentos com vencimento em 2024;

Disponibilização de linha de capital de giro em dólar via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com carência de dois anos e prazo de três anos para pagamento.

O presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Marcelo Bertoni, destacou o intenso trabalho das entidades rurais para auxliar o setor produtivo neste momento.




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