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Economia

Economia • 23 set, 2024

O horário de verão se torna necessidade


Em entrevista ao Estado de Minas nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu o retorno do horário de verão em 2025, como medida para diminuir o consumo de energia elétrica em meio à seca histórica que atinge o país nos últimos meses.

Ainda assim, vale ressaltar que o comportamento da população atualmente é diferente do que era adotado em décadas anteriores. O uso do ar-condicionado, sobretudo em períodos de calor intenso combinado à baixa umidade, e de aparelhos eletrônicos, como TVs e celulares, se impõe mais do que outrora, o que reduz os efeitos provocados pelo horário de verão – como adiar em uma hora o acionamento das luzes das residências, por exemplo.

Na esteira da discussão sobre o horário de verão, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), entidade privada que controla o setor sob regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), anunciou ontem que apresentará um plano para reduzir os danos da seca no país. Os detalhes serão repassados amanhã. A medida até demora, mas vem em boa hora, sobretudo se a seca persistir em meio à chegada do verão, quando fatalmente o consumo de energia elétrica aumentará diante das altas temperaturas, a partir do maior uso de chuveiros e dos sistemas de ar-condicionado, principais vilões da conta de luz.

Além de garantir o acesso da população à energia elétrica, as duas medidas – o plano de contingência do ONS e o eventual retorno do horário de verão – têm reflexos na economia. A seca que compromete os reservatórios e, por consequência, a geração das usinas hidrelétricas, força o país a acionar as fontes termelétrica e nuclear, que são mais caras e poluem mais. No primeiro caso, essa operação pode, até mesmo, impactar no preço dos combustíveis na bomba, diante da maior demanda por combustíveis fósseis, como o óleo diesel.




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