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Meio ambiente

Meio ambiente • 02 ago, 2024

Mega incêndio na Serra do Amolar


As chamas começaram no lado boliviano, mas se propagaram para área brasileira, em direção a Corumbá

Queimada em Corumbá (Foto: Bombeiros)

Desde sexta-feira (26), um incêndio de grandes proporções tem atingido a região da Serra do Amolar, localizada na fronteira entre o Brasil e a Bolívia. As chamas, que começaram no lado boliviano, se espalharam para o território brasileiro, avançando em direção a Corumbá (MS). O fogo que devasta a área representa uma grave ameaça à biodiversidade local.

De acordo com o G1, a Brigada Alto Pantanal, mantida pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), está na linha de frente do combate desde o sábado (27). Segundo eles, a área é remota e de difícil acesso, a mais de três horas de navegação pelo rio Paraguai, a partir de Corumbá . Conforme os brigadistas, o trabalho para controlar o fogo, que avança sobre a morraria, têm sido desafiador.

Ao todo, 29 brigadistas do Prevfogo, outros 9 do IHP, seis bombeiro e funcionários de fazendas atuam nesta ocorrência. O governo federal disponibilizou três Air Tractors e dois helicópteros para o combate aéreo, além de um caminhão de apoio para o abastecimento das aeronaves. Os helicópteros também são essenciais para o transporte dos brigadistas para as linhas de fogo.

O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ) já havia alertado para o risco extremo de incêndio na região, indicando uma dificuldade elevada para as operações de combate.

No domingo (28), uma linha de fogo foi controlada, mas outra se abriu com o avanço dos ventos. Segundo a Brigada Alto Pantanal, por terra, não foi possível evitar a propagação das chamas que continuaram a atingir o território brasileiro.

Aceiros e linhas de proteção feitos em junho e julho pelos brigadistas evitaram que o fogo queimasse equipamentos e sistemas de monitoramento e comunicação na região por onde o fogo passou, em morraria.

Desde janeiro, quase 1 milhão de hectares foram queimados no Pantanal, o que representa 6% de seu território.

A região da Serra do Amolar tem alta densidade de biodiversidade e os brigadistas encontraram pegadas de animais nas proximidades da linha de fogo, mais um indício de que eles estão sob a ameaça do fogo. O número de bichos mortos pelas queimadas no Pantanal ainda não foi definido.

A operação de combate ao incêndio é uma colaboração entre a Brigada Alto Pantanal, brigadistas do Prevfogo, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e funcionários de fazendas próximas.




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