(por Natureza Karuna) –

Poucas árvores vivas no Brasil têm mais de 600 anos. Menos ainda são as que superam 3 metros de diâmetro (DAP). Dessas velhas gigantes restam apenas 46 araucárias sobreviventes. Pelo menos, conhecidas até agora. 

Neste 24 de junho, Dia Nacional da Araucária, partilhamos a memória e o futuro possível dessa espécie contemporânea aos dinossauros que hoje está ameaçada de extinção.

As araucárias monumentais mapeadas pelo professor Marcelo Scipioni, da UFSC, são herdeiras diretas da floresta original com araucárias. Vivem espalhadas pelos três estados do Sul e há uma identificada em Minas Gerais.

A maior delas é o Pinheirão de São Joaquim (SC) que abriga uma cavidade tão grande que um cavaleiro passaria montado. Essa fenda funciona como uma caverna biológica: habitat para pequenos animais, vegetais e fungos que vivem sob sua proteção.

Mas árvores assim não surgem sozinhas. Dependem de florestas inteiras para existir: de sombra, umidade, dispersores de sementes, fungos do solo. Sem ecossistema, não há sucessora.

Em 2023, uma das maiores do Paraná tombou após fortes tempestades. Tinha cerca de 750 anos. Foi a consternação com essa perda que inspirou o nascimento da Natureza Karuna. 🌿

Acreditamos que é possível restaurar os processos que sustentam a vida longa — para que as próximas gerações ainda possam testemunhar uma araucária crescer por séculos. (Foto – Wikipedia)

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