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Política • 23 abr, 2019

Estado & APAE: mais de 10 milhões de exames em 629 mil gestantes


 

Governo do Estado contribui com auxílio financeiro em programa que oferta triagem pré-natal, prevenindo possíveis complicações e agravos para as mães e para os bebês

 Campo Grande (MS) – Com uma média de 3,2 mil triagens por mês, o Programa de Proteção à Gestante do Estado de Mato Grosso do Sul (PEPG/MS), já atendeu, desde novembro de 2002 até dezembro do ano passado, 629.786 mil gestantes de todos os municípios sul-mato-grossenses, realizando 10.282.310 exames.  Esses números representam uma cobertura de 92,59% do total de gestantes do Estado, no período. A meta é diagnosticar doenças durante a gestação e prevenir possíveis complicações para mães e bebês.

Por meio do Instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnósticos, APAE/Campo Grande, governo e município ofertam programa para gestantes.

O Programa existe por meio de uma parceria entre a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Campo Grande, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a secretaria municipal de Saúde da capital, com objetivo de ampliar o acesso das gestantes ao pré-natal e contribuir com a redução da mortalidade materno-infantil.

A triagem pré-natal garantida pelo Programa é dividida em duas fases, sendo que na primeira, logo no início da gestação, é ofertada a realização de quinze exames que detectam as seguintes doenças: toxoplasmose, rubéola, doenças da inclusão citomegálica, sífilis, aids, doença de chagas, hepatite B e C, HTLV, hipotireoidismo e hemoglobinopatias. Na segunda etapa a coleta é efetuada a partir da 28.ª semana de gestação (equivalente ao sétimo mês) e são feitos exames para detectar toxoplasmose, sífilis e aids.

“Os exames de triagem pré-natal são de extrema importância para uma gestação segura, pois por meio deles é possível identificar e reduzir muitos problemas de saúde que podem atingir a mãe e o bebê como doenças, infecções ou disfunções que, detectadas precocemente, possibilitam um tratamento com maior êxito”, afirma Josaine Palmieri, coordenadora geral do Instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnósticos (IPED), que é o órgão gestor do Programa na APAE de Campo Grande.

Segundo ela, o PEPG é dividido em três etapas: na primeira, é feita a realização da triagem pré-natal, por meio da coleta de algumas gotas de sangue do dedo da gestante colocadas em papel-filtro. Na segunda, ocorre a confirmação do diagnóstico em exames laboratoriais; e na terceira, é ofertado acompanhamento e tratamento a todas as gestantes, abrangendo os 79 municípios do Estado:  “O Programa possibilita diagnosticar as doenças ainda na gestação, prevenindo possíveis complicações e agravos para a mãe e para o bebê, já que as doenças podem ser transmitidas da mãe para o filho durante a gestação. Com apoio do governo do Estado e do Município, por meio de suas secretarias de Saúde, proporcionamos às gestantes de Mato Grosso do Sul um dos programas mais completos do Brasil, garantindo gestação segura e com diagnóstico de qualidade”, avalia Josaine.

Pioneirismo

Geraldo Resende, Secretário de Estado de Saúde, é um entusiasta do programa: “Estamos muito contentes com esta parceria e por isso vamos estudar meios para fortalecer esse trabalho. Sabemos que o IPED/APAE de Campo Grande é pioneiro na utilização de metodologias eficazes no diagnóstico de doenças durante a triagem pré-natal. Além disso, proporciona acompanhamento médico, nutricional, psicológico e assistência social para aquelas gestantes com resultados alterados que necessitem desses serviços, além de participar de ações voltadas para o fortalecimento da rede de vigilância em saúde e de atividades de educação continuada para profissionais de Mato Grosso do Sul”, conclui.

Ricardo Minella – Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Foto em destaque: Iza Rocha.




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