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Política • 27 set, 2022

Investigados na Lama Asfáltica doaram para 4 candidatos a deputado federal


Petista, bolsonarista, pastor e policial receberam doações de empresas de informática

( por Eduardo Miranda – Correio do Estado) – Empresários do setor de informática, que foram investigados na Operação Lama Asfáltica da Polícia Federal, na década passada, fizeram generosas doações a pelo menos quatro candidatos a deputado federal por Mato Grosso do Sul nestas eleições.

Entre os candidatos que receberam recursos dos donos da PSG Tecnologia Aplicada Ltda. e da Mil Tec Tecnologia da Informação Eireli estão candidatos dos mais variados espectros partidários e segmentos, como petistas, bolsonaristas, policiais e evangélicos.

Receberam doações dos empresários o candidato a deputado federal Vander Loubet (PT), que disputa a reeleição; Rodolfo Nogueira (PL), que se autoproclama “Gordinho do Bolsonaro”; o pastor da igreja Sara Nossa Terra e presidente do Republicanos, Wilton Acosta; e ainda o policial militar e vereador por Campo Grande, Coronel Villassanti (União Brasil).

As duas empresas que fizeram as doações herdaram os contratos da Itel Informática, empresa já baixada e que foi um dos alvos principais da Operação Lama Asfáltica, ação da Polícia Federal que investigou corrupção e lavagem de dinheiro em Mato Grosso do Sul.

O candidato que recebeu a maior doação foi Vander Loubet, cuja campanha teve a doação de R$ 300 mil de Antônio Celso Cortez, proprietário da PSG, e que foi ligado à Itel, de João Baird.

Cortez também doou a importância de R$ 250 mil para Wilton Acosta, pastor que é candidato a deputado federal pelo Republicanos.

O proprietário da Mil Tec, Ricardo Fernandes de Araújo, fez sua maior doação, de R$ 200 mil, para Rodolfo Nogueira (PL), o Gordinho do Bolsonaro.

Ele também colaborou com R$ 30 mil para a campanha de Coronel Villassanti, do União Brasil.

Tanto Cortez quanto Ricardo foram alvo de uma das fases da Operação Lama Asfáltica em 2018, também chamada de “Computadores de Lama”.

Contratos no governo

Atualmente, juntas, PSG e Mil Tec têm mais de R$ 168 mil em contratos com o governo de Mato Grosso do Sul. A PSG, de Cortez, têm R$ 90,3 milhões contratados, sendo R$ 47,1 milhões com a Secretaria de Fazenda, e outros R$ 35,2 milhões com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), além de R4 8,2 milhões em outros órgãos.

Já a Mil Tec, de Ricardo, tem contratos de R$ 78,06 milhões, dos quais R$ 30,9 milhões com a Secretaria de Fazenda, outros R$ 30,9 milhões com a Secretaria de Educação, R$ 15,2 milhões com a Iagro (Agência de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal) e mais R$ 1 milhão com outros órgãos




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